Fonte: http://www.vocecommaistempo.com.br/


Estudo recente realizado na Universidade de Konstanz, na Alemanha, mostra que costume de adiar tarefas está ligado à forma como elas são compreendidas. Indivíduos incapazes de traçar um plano concreto tendem a postergar obrigações

Rodrigo Capelo/MBPress

O motivo pelo qual as pessoas procrastinam parece ter sido, finalmente, identificado. Apesar de ser um verbo pouco conhecido, procrastinar remete a um hábito comum. Significa postergar, adiar, protelar. Segundo estudo divulgado no início de 2009, liderado pelo pesquisador Sean McCrea, a forma como as atividades são encaradas pelos indivíduos é a chave para entender esse costume.
A pesquisa, recém-divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times e pela revista britânica The Economist, consistiu no envio de formulários com perguntas básicas a grupos de estudantes. Eles foram questionados sobre, por exemplo, como deveriam proceder para abrir uma conta em um banco.
Os jovens capazes de responder concretamente, exemplificando como realizariam a tarefa, enviaram o formulário preenchido mais rapidamente. Aqueles que pensaram em respostas abstratas, pouco objetivas, extrapolaram o prazo estabelecido.
Assim, McCrea concluiu que a procrastinação está intimamente ligada à forma como as pessoas encaram as atividades propostas.
Em entrevista exclusiva ao site Você com mais Tempo, Sean McCrea, professor da Universidade de Konstanz, na Alemanha, explicou o porquê de ter entrevistado apenas jovens.
“Estudantes costumam reclamar que têm problemas com a procrastinação, e por isso trata-se de um grupo interessante”, justifica.
Além disso, uma quantia de € 2.50 foi oferecida em troca dos formulários preenchidos. O pesquisador acredita que este foi um fator importante no estudo.
“Procrastinar significa adiar uma tarefa, ainda que ela valha algo para você”, argumenta. Para ele, não responder o questionário dentro do prazo, nesse caso, iria custar a perda da recompensa.

O coordenador de gestão e estratégia da Leme Consultoria, Renan de Marchi Sinachi, define o método de pesquisa como “razoável e adequado”. Mas, apesar de considerar os resultados
– Você com mais tempo coerentes, faz um alerta. “É importante frisar que a pesquisa não comprova quem procrastina ou não”, explica.
“Esse rico estudo apresenta características comportamentais que evidentemente auxiliam na definição de um padrão, mas elas podem variar de acordo com a cultura.”
Outro especialista que recomenda cautela na análise dos resultados é o consultor Luiz de Paiva, responsável pelo site OGerente.com. Segundo ele, a procrastinação é causada por vários fatores, e a pesquisa de McCrea evidencia apenas um deles: a maneira como a tarefa é apresentada.
“Devemos ter cuidado para não acreditar que este é o principal fator que afeta a forma de executar ou adiar atividades”, sugere.
A análise crítica dos resultados da pesquisa é, portanto, indispensável. Porém, a iniciativa de Sean McCrea constitui um importante passo para compreender melhor os motivos que levam à procrastinação. Sem ela, dificilmente a ciência encontrará uma solução para este hábito, tão prejudicial à gestão do tempo e à produtividade profissional.

Coordenador de gestão e estratégia da Leme Consultoria: Renan de Marchi Sinachi


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