A complexidade não está em “como fazer uma Avaliação de Desempenho“, mas em engajar líderes e liderados no projeto. Por isso, a melhor forma de alcançar eficiência é envolvendo essas pessoas desde o princípio.
por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 23/9/2019
▶ Não é novidade que a Avaliação de Desempenho é ferramenta indispensável para a gestão de pessoas. Muito embora tenha havido um aumento no número de avaliados e avaliadores insatisfeitos com esse modelo de avaliação de performance, nós ainda acreditamos – e insistimos – que, quando bem estruturada, é uma ferramenta que promove diversos insumos para uma gestão de pessoas eficiente.
E temos certeza disso porque nossos clientes que têm implantada a metodologia de avaliação de desempenho por competências obtêm altos índices de engajamento com o projeto, comprovando que quando o trabalho é aculturado para a realidade de cada organização, ele gera resultados.
Você pode se perguntar, “então, como fazer uma Avaliação de Desempenho que gere resultados” e nós vamos dizer que não há mágica: precisa ser personalizada, envolver líderes e liderados desde o princípio e os dados gerados não podem ser engavetados. E na verdade, é assim que qualquer projeto tem sucesso.
Não tem fórmula secreta de como fazer uma avaliação de desempenho. Na verdade, a gente já contou e agora, vamos explicar em 4 passos como é a composição dessa ferramenta que é aliada na gestão de pessoas.
Assim como muitos projetos na vida, o primeiro passo é sempre o mais complexo. Exige preparar o terreno, isto é, líderes e liderados, para o processo. Então, ao identificar a metodologia mais apropriada para a sua organização e o software de apoio para a coleta das respostas, é a hora de convocar os colaboradores para conhecerem o projeto. Palestras de sensibilização são ideais para essa apresentação. Inclusive, essa palestra também pode ser gravada e disponibilizada na Internet, para todos terem acesso.
Caso o projeto tenha sido desenvolvido outras vezes, vale resgatar o que já foi feito, indicadores que demonstram a evolução da empresa após a aplicação da avaliação, ações realizadas entre o ciclo anterior e este e demais temas relevantes.
Se é a primeira vez, é fundamental explicar o que é essa avaliação, cujo objetivo não é punir, mas identificar pontos fortes e as oportunidades de melhoria, quem responderá as avaliações (se é 90º, 180º ou 360º/múltiplas fontes), como serão transmitidos os resultados e quais ações serão realizadas.
É o momento de coletar as respostas da avaliação e o RH deve ficar atento ao engajamento. Como a coleta da avaliação é feita em sistema, basta acompanhar no painel de administrador como está a evolução das respostas (caso o sistema da sua empresa não faça isso, dê uma olhada no GCA, o sistema de Avaliação da Leme Consultoria). Lembre-se de que a abertura e o encerramento da avaliação devem ter datas especificadas com os participantes, então, é importante delimitar pontos de controle para mensurar a participação. Ao notar adesão baixa na primeira parte do prazo, realize ações de engajamento.
É essencial envolver os líderes nesse projeto, afinal, os dados gerados servirão para dar uma visão sistêmica da equipe e de quais ações serão necessárias para desenvolver as pessoas em prol de maiores e melhores resultados. Não devem ser feitas ameaças, pois isso afastará as pessoas do projeto. Então, cuide do primeiro passo, “Preparar”.
A partir do momento que o colaborador entende que o projeto é para o seu crescimento, ele vai querer participar.
Depois de tabulados os dados da avaliação, é hora de capacitar os líderes para a leitura e a interpretação dos relatórios com os resultados das equipes. Ação necessária especialmente se esse é o primeiro ciclo de avaliação.
Nesta etapa, os líderes terão diversos dados em mãos, que precisam ser transformados em informações relevantes para o momento do feedback 1:1. Ou seja, é quando eles olham para a equipe e veem os pontos fortes e as oportunidades de melhorias.
O momento de “dar feedback” nem sempre é fácil para os líderes, por isso, quanto mais preparados para entender o que os relatórios significam, mais simples será a condução da reunião com cada membro da equipe. Além de que, é importante fornecer as técnicas para o feedback, esclarecendo, especialmente, os 5 pontos fundamentais desse processo:
– feedback não é opinião;
– feedback não é bronca;
– feedback não é sugestão;
– feedback não é conselho;
– feedback É INFORMAÇÃO baseada em dados.
O plano de ação é colocar em prática o que ficou combinado no feedback, ou seja, diante das oportunidades de melhoria, quais ações líder e liderado executarão? A elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual é parte do momento do feedback, mas executar as ações é outra história. E existe uma infinidade de atividades que podem ser definidas como parte do plano de desenvolvimento. Participar de treinamentos, assistir a vídeos, ler livros, participar de grupos de discussão, ouvir podcasts, mentoria. Hoje em dia, as alternativas de aprendizagem são abundantes, o que não pode é limitar o desenvolvimento do liderado única e exclusivamente à sala de aula. Além de treinamentos presenciais serem normalmente mais caros, há outros meios de aquisição de conhecimento. Portanto, o líder precisa ter esses insumos para colaborar na montagem do PDI dos liderados.
A complexidade do projeto não está em “como fazer uma Avaliação de Desempenho”, mas em conseguir engajar o público para obter resultados consistentes e de qualidade. A Avaliação de Desempenho é importante e continuará sendo por muito tempo. Basta, no entanto, encontrar práticas e métodos mais adequados à realidade de sua organização.
Não deixe de conhecer as metodologias de Avaliação de Desempenho da Leme Consultoria: Avaliação de Desempenho com Foco em Competências, Avaliação pela Matriz Nine Box e Avaliação de Desempenho com Metodologia Ágil. ◼
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A Universidade Federal do Ceará recebeu o Prof. Rogerio Leme durante três dias em uma capacitação para os servidores sobre “Trilhas de Aprendizagem”. Conheça mais sobre esse modelo inovador de desenvolvimento de pessoas.
Por Maíra Stanganelli | 10/6/2019
▶ A Universidade Federal do Ceará – UFC iniciou a implantação da Gestão por Competências na instituição há cerca de 2 anos. O projeto, liderado pela pró-reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade, tem como um dos objetivos o desenvolvimento dos colaboradores e, por essa razão, as “Trilhas de Aprendizagem” foram identificadas como recurso para o atingimento dessa meta.
Para ajudar na elaboração das Trilhas da instituição, a UFC procurou o consultor e também professor Rogerio Leme. Além da comprovada expertise em Desenvolvimento Humano e Gestão de Pessoas do Prof. Rogerio, a Universidade também já utilizava a metodologia dele em outros processos da Gestão por Competências, portanto, haveria alinhamento na linguagem metodológica.
A capacitação ministrada por Leme, em formato de oficina, aconteceu na sede da UFC entre os dias 5 e 7 de junho. Foram envolvidos servidores das pró-reitorias de Gestão de Pessoas (PROGEP) e de Planejamento e Administração (PROPLAD), bem como da Escola Integrada de Desenvolvimento e Inovação Acadêmica (EIDEIA).
O Prof. Rogerio também teve a oportunidade de se encontrar com o reitor da Universidade Federal do Ceará, Prof. Henry Campos, acompanhado da pró-reitora de Gestão de Pessoas da UFC, Profª Marilene Feitosa, e das servidoras Denise Landim, diretora da Divisão de Gestão por Competências (DIGEC), e Ioneiry Lima, também da DIGEC, oportunidade em que os profissionais puderam discutir aspectos importantes sobre a implantação da gestão por competências na UFC.
As Trilhas de Aprendizagem são um instrumento que permite que os colaboradores ou servidores se desenvolvam de maneira não linear, livre dos tradicionais itinerários formativos. Embora sejam caminhos flexíveis pelos quais os profissionais podem caminhar, a aprendizagem é estruturada e focada tanto no incremento das competências quanto em sua aplicação prática.
Por meio das Trilhas, os profissionais podem aprimorar competências técnicas e comportamentais para reduzir seus gaps ou para desenvolver novas competências e habilidades que não sejam, necessariamente inerentes à sua função. Além de que, as pessoas também têm liberdade para aprender em diversos formatos e escolher aquele com o qual mais se identifica.
O modelo proposto pela Leme integra Competências, Processos, Gestão do Conhecimento e a Experiência das Pessoas, tendo como principal diferencial a utilização das técnicas de Mentoria (ou Mentoring) para precipitar o processo de aprendizagem. Se for a estratégia da organização, é possível desenvolver mentores que orientarão os profissionais em determinados pontos da trilha, a fim, justamente, de acelerar a aprendizagem com a “quilometragem rodada”.
As soluções da Leme estão disponíveis em diferentes formatos para o mercado. No caso da Universidade Federal do Ceará, por exemplo, a instituição optou pela capacitação na elaboração das Trilhas de Aprendizagem.
Além desse formato, a Leme disponibiliza ainda consultoria para a implantação das Trilhas e treinamentos abertos. São diversas formas de tornar a metodologia acessível ao maior número de profissionais e empresas que buscam uma técnica inovadora para desenvolver pessoas.
Para saber mais, acesse os links abaixo:
– Curso Aberto com Rogerio Leme;
– Treinamento In Company, palestras e workshops sobre Trilhas de Aprendizagem, entre em contato pelo formulário no final desta página. ◼
SAIBA MAIS:
Gestão por Competências: métodos e técnicas para mapeamento de competências
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Existem muitos métodos e técnicas para mapeamento de competências, mas é fundamental utilizar um modelo que reflita a realidade organizacional e, mais do que isso, que envolva os colaboradores desde o princípio.
por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 29/5/2019
▶ O pilar da Gestão por Competências é o mapeamento das competências técnicas e comportamentais da organização, das funções e dos colaboradores. E, especialmente quando se trata das competências comportamentais, é possível encontrar na literatura a definição de muitas delas. Neste ponto, existe uma reflexão importante a ser feita: é justo utilizar descrições pré-concebidas para definir as competências de organizações que têm características tão distintas?
Por isso, se a sua empresa está pensando em implantar ou rever a Gestão por Competências, é fundamental pesquisar, dentre os métodos e técnicas para mapeamento de competências disponíveis no mercado, aqueles que permitam a personalização da definição das competências, como o Inventário Comportamental. Continue a leitura para entender como é este método!
O sucesso de um projeto também passa pela forma como ele é implantado. Portanto, um dos meios para conseguir adesão do público é envolvê-lo desde o início do projeto, mesmo que indiretamente. Então, quando a organização vai implantar um novo processo que tem impacto no dia a dia das suas pessoas, é importante tanto envolver as pessoas quanto comunicar a novidade aos funcionários. A inclusão reduz as especulações e a “rádio-peão”, casos que podem comprometer o clima organizacional.
É por isso que o Inventário Comportamental é destaque dentre os principais métodos e técnicas para mapeamento de competências mais utilizados pelo mercado. As duas principais características desse modelo são justamente a inclusão e a personalização, mais um elemento essencial para caracterizar o projeto. Como essas ações ocorrem:
– os funcionários participam efetivamente da definição das competências comportamentais;
– a definição das competências comportamentais não é pré-concebida, é customizada, feita organização a organização.
E o grande segredo desse método – que não é segredo nenhum – é exatamente trazer parte dos funcionários para o projeto desde o princípio, quando é feita a coleta dos indicadores de competências.
Então, para a organização desenvolver o rol de competências e suas respectivas definições, o primeiro passo é colocar todas as pessoas no mesmo patamar de entendimento sobre o que é uma competência e o que são os seus indicadores.
Para isso, ao invés de ensinar teorias e fazer os profissionais pensarem de forma nominal nas competências (foco no cliente, relacionamento interpessoal, liderança, comunicação etc.), é preciso fazê-los compreender que uma competência nada mais é do que um CONJUNTO de COMPORTAMENTOS que podem ser OBSERVADOS, que sãos os indicadores.
Vamos usar um exemplo para ilustrar esse método: ao observar o dia a dia de um determinado colaborador, é possível concluir que ele é criativo e tem foco no cliente. Entretanto, chegar a essa conclusão somente foi possível porque essa pessoa teve comportamentos que indicaram a presença dessas competências! Portanto, levar esse entendimento para o público é fundamental para a qualidade do Inventário Comportamental.
Feito esse alinhamento, chega o momento da coleta dos indicadores de competências, quando os colaboradores eleitos para o processo vão refletir sobre seus pares, chefes e subordinados e escrever todos os indicadores de competências (comportamentos) que essas pessoas apresentam e que são bons, aqueles que são ruins e o que seria ideal para a organização. Tudo isso de forma anônima.
Depois de todos os indicadores tabulados, cada um deles é associado a uma competência, com uma visualização natural e não pré-definida. Assim, estrutura-se o Inventário Comportamental exclusivo para a organização, com cada competência sendo definida com indicadores (cuja quantidade pode variar de 5 a 10 indicadores em cada uma) que refletem, de fato, a realidade organizacional.
As competências comportamentais identificadas devem ser associadas às funções. No momento da avaliação de desempenho, os colaboradores também serão avaliados nas competências que competem às funções que desempenham.
Não menos importante, é necessário identificar as competências técnicas. Mas, diferentemente das competências comportamentais, que necessitam de uma definição clara, as competências técnicas são compreendidas pelo próprio nome. E o melhor caminho para definir quais são essas competências é por meio da Descrição de Função.
Se a sua empresa já tem a Descrição de Função elaborada, talvez seja necessário apenas revisar os documentos e contemplar as competências técnicas. E assim como acontece no mapeamento das competências comportamentais, tanto para o caso da revisão quanto para o caso da elaboração das descrições, é preciso envolver os colaboradores. Onde queremos chegar com isso: o colaborador é a pessoa mais indicada para dizer quais atividades realiza e de quais recursos necessita para executar plenamente a sua função.
Portanto, se gestor e colaborador trabalharem em conjunto para revisar ou descrever a função, a qualidade do conteúdo será muito maior e certamente refletirá, mais uma vez, a realidade organizacional. As competências técnicas também serão visualizadas naturalmente, à medida que a função vai sendo descrita.
Cabe mais uma reflexão: é possível usar modelos de descrição de função prontos? Não é o ideal, pois, embora existam funções homônimas, as atividades podem ser diferentes, ainda mais se considerarmos empresas de diferentes portes e segmentos.
Por isso, insistimos com a personalização. Leva um pouco mais de tempo, mas se feita com processo e qualidade, é um dos melhores caminhos para produzir informações que reflitam as reais características da organização. E os métodos e técnicas para mapeamento de competências apresentados aqui podem ser realizados em organizações pública, privadas e do 3º setor, de todos os portes.
A Gestão por Competências é um conjunto de ações que uma organização implementa para conduzir seus colaboradores para o atingimento da visão organizacional, sempre em alinhamento com o Planejamento Estratégico. Assim, é fundamental trabalhar com técnicas que, comprovadamente, tragam resultados efetivos. A Leme pode ajudar! Temos metodologias próprias para ajudar a sua organização a alcançar os patamares mais altos da Gestão de Pessoas! Entre em contato! ◼
LINKS RELACIONADOS:
Quais desafios a Gestão por Competências enfrenta no setor público?
O que fazer depois da Avaliação de Desempenho por Competências?
Avaliação de Desempenho por Competências: todos os cursos da Leme Consultoria sobre o tema
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Programa de Mentoria acelera a aprendizagem e tem efeitos positivos no clima organizacional, produtividade e engajamento. Entenda!
por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 7/2/2019
▶ Existe um modelo de aprendizagem bastante contemporâneo, que data da década de 1990, e que vem crescendo ao longo dos últimos anos, especialmente com o impacto da transformação digital nas organizações: modelo de aprendizagem 70:20:10. Já ouviu falar?
Embora controverso (há dúvidas quanto àqueles que o desenvolveram e o método aplicado para determinarem estes valores – mas, isso é conversa para outro dia!), o modelo chegou a uma “expressão numérica” que estima o percentual sobre quais as formas de aprendizagem das pessoas nas organizações.
Os valores, 70, 20 e 10, equivalem, portanto, ao percentual dos meios de aprendizagem organizacional, ou seja:
70% = aprendizagem na ação, na prática, on the job;
20% = aprendizagem com ajuda de outras pessoas, como mentoria, coaching e grupos de trabalho;
10% = aprendizagem em sala de aula, especializações e treinamentos.
Isso quer dizer que não existe um único meio de aprender, reforça uma ideia que é conhecida há tempos, de que as pessoas aprendem de formas diferentes e que, há tempos também, a sala de aula já não é o único local para adquirir conhecimentos.
Mas, hoje, queremos falar sobre um destes processos de aprendizagem, especificamente: programas de mentoria, que estão dentro dos 20% da aprendizagem que requerem o envolvimento de outras pessoas.
Mentoria, ou mentoring, é um processo relacional, no qual uma pessoa muito experiente (o que não significa a idade e nem mesmo o nível hierárquico) em um tema ou função aconselha, compartilha vivências, situações e tomadas de decisões com outro profissional, que necessita fortalecer suas competências para se desenvolver. O processo não precisa ser 1:1; o mentor pode orientar mais de um profissional, pois o foco é acelerar a aprendizagem dos demais.
As aplicações da mentoria mais habituais na organização são para:
– preparar profissionais para assumirem funções de liderança;
– capacitar sucessores, para diversas funções, não apenas liderança;
– reduzir custos com T&D, utilizando mentores da própria organização.
Muitas empresas já adotam a prática do mentoring, mesmo que informalmente. Entretanto, é importante tornar este processo de desenvolvimento cognitivo, social ou emocional como um recurso estruturado oferecido pela companhia, com suporte ao mentor – o profissional mais experiente – e ao mentorado, o profissional que está em preparação.
Mas, é necessário fazer um lembrete antes de prosseguir: mentoria e coaching são processos diferentes! Vale lembrar que a mentoria tem bases no aconselhamento, na troca de experiências, tendo um modelo, isto é, o mentor como referência.
O coaching, por outro lado, estimula o coachee, por meio de técnicas e ferramentas, a refletir sobre si mesmo em prol do alcance dos seus objetivos pessoais e profissionais. Um processo não desmerece o outro; pelo contrário, podem trabalhar em plena comunhão. Estamos apenas nos aprofundando em mentoria, pois é nosso foco de hoje.
O principal objetivo da mentoria é acelerar a aprendizagem. Por isso, o mentor não precisa ser, exatamente, uma pessoa mais velha que o mentorado. O que diferencia mentor e mentorado é, na verdade, a “quilometragem rodada” em determinado assunto.
Basta analisar o seguinte cenário: um profissional sênior que precisa se atualizar quanto às práticas tecnológicas atuais pode ser aconselhado por um profissional jovem, que tem bastante habilidade neste tema. Afinal, o mentoring é a transmissão do conhecimento.
Mas, para que este processo realmente atinja o seu objetivo, o de precipitar a aprendizagem daqueles profissionais que têm algum gap de desenvolvimento – que não precisa ser apenas comportamental –, é preciso estruturar um programa de mentoria.
É necessário oferecer estrutura e suporte para ambos os lados envolvidos. O mentoring é relacional, demanda que as pessoas estejam preparadas para transmitir o conhecimento que têm para os demais. Também requer que o mentor esteja atualizado no tema para o qual foi destacado para as mentorias.
Por outro lado, o mentorado precisa estar receptivo para receber as orientações advindas do seu mentor. É necessário ser transparente na troca de informações, para que haja sucesso no processo.
Portanto, um programa de mentoria precisa contemplar as seguintes ações:
– preparar a equipe que vai trabalhar como suporte dos envolvidos;
– formar os mentores, afinal estes profissionais também precisam de recursos para transmitir o conhecimento;
– preparar os mentorados;
– ao final, deve ser gerada uma avaliação com apuração dos resultados.
O objetivo maior do programa de mentoria é acelerar a aprendizagem. Entretanto, há diversos efeitos positivos decorrentes deste projeto. Um deles é a manutenção do conhecimento na empresa. A possibilidade de perpetuar saberes, desafios, tomadas de decisão, erros e acertos é fundamental para a sustentação orgânica da companhia.
A experiência das pessoas passa a ser mais valorizada, o que impacta diretamente no clima organizacional. Outra impressão que se tem com o programa de mentoria é a melhora no relacionamento entre gerações, tendo em vista que, normalmente, há uma diferença de idade entre mentor e mentorado. Temos de nos lembrar que vivemos um momento em que há enorme mescla de profissionais de diferentes gerações trabalhando juntos.
Também é resultado do programa de mentoria o aumento no percentual de engajamento das pessoas com as ações propostas pela organização e isso, consequentemente, tem impacto na produtividade.
Por isso, esse é um projeto que deve ser contemplado no planejamento organizacional e, com certeza, pode ser conduzido pela área de RH ou BP da companhia. As técnicas de mentoria também se encaixam perfeitamente nas trilhas de aprendizagem, na qual os mentores contribuem em determinados pontos para aceleração da aprendizagem. ◼
VOCÊ SABIA?
A Leme possui programas de Mentoria com especialistas experientes sobre os principais temas de Gestão de Pessoas, Recursos Humanos e Estratégias Organizacionais. Saiba mais sobre as nossas sessões exclusivas de Mentoring:
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Gestão e Dimensionamento da Força de Trabalho
▼ Facilitador do Treinamento:
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A Trilha de Aprendizagem é uma solução personalizada para organizações que desejam otimizar a aprendizagem de seus colaboradores.
por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 12/12/2018
▶ Uma informação que precisa ficar clara desde o início: a aprendizagem não é linear. As pessoas aprendem de jeitos diferentes e não é possível propor formas de obtenção de conhecimento iguais para todas, nem mesmo ofertar treinamentos “enlatados” para as organizações.
Tanto é que, no último CBTD (evento que acontece anualmente no mês de novembro), foram lançados os resultados da pesquisa “O Panorama do Treinamento no Brasil” e fica fácil entender como as formas de aprendizagem em nosso país estão se pulverizando.
Os dados apurados em 2018, com 406 empresas, indicam que 62% investem em T&D presencial. Os outros 38% estão distribuídos em:
– 16% treinamento prático no local de trabalho (on the job);
– 15% e-learning ou EAD (internet, intranet, online, web, conferência);
– 6% treinamento misto (presencial e e-learning).
Ainda neste estudo, o autotreinamento via e-learning, EAD ou sem o uso de tecnologia, por meio de apostilas ou manuais, aparece como relevante para 68% das empresas respondentes. Todos esses números trazidos, bem como os demais disponíveis nesse panorama, indicam como a educação corporativa é essencial para a sobrevivência sustentável das organizações.
Por essas razões, a Trilha de Aprendizagem, uma solução 100% personalizada e que coloca os colaboradores como protagonistas do seu próprio desenvolvimento, é a resposta para organizações que desejam potencializar e agilizar o processo de aprendizagem das suas pessoas. Além dessas, as demais características desse modelo são:
✓ voltado para a realidade e a necessidade organizacional;
✓ descentraliza o papel do RH ou do gestor como únicos responsáveis pelo desenvolvimento de pessoas na organização;
✓ é colaborativo;
✓ não depende apenas do ensino em sala de aula;
✓ atende às diferentes necessidades de aprendizagem das pessoas.
“As Trilhas de Aprendizagem são um conjunto de ações que permitem que o colaborador (o usuário da trilha) adquira conhecimentos, aumente suas competências, recorra a um banco de informações, que são base da gestão do conhecimento, para promover seu desenvolvimento de forma estruturada à realidade organizacional.”
Rogerio Leme, 2016
Essa conceituação ajuda a enxergar objetivamente o que é a Trilha de Aprendizagem e, mais do que isso, como este modelo é capaz de atender a todo tipo de organização, independentemente do porte, segmento e se é da iniciativa pública ou privada.
O modelo ainda permite que a organização compartilhe todo o conhecimento disponível e, mais do que isso, que ele fique acessível às pessoas para elas aprenderem como acharem mais conveniente. Pode ser por meio de vídeos, fluxogramas, documentos, grupos de trabalho, cases, mentoria e muitas outras opções de aprendizagem. É, como Leme afirma, um banco de informações organizadas.
Este banco pode, aliás, deve, ser constantemente atualizado e necessita de um responsável por analisar se as informações ali disponibilizadas estão alinhadas com missão, visão e valores organizacionais. Um curador do conhecimento é o nome dado à pessoa ou a um grupo que vai fazer a gestão das informações, para que elas não desrespeitem normas da empresa.
Desenvolver competências técnicas e comportamentais já é um sistema implementado por muitas organizações. E a ordem mais comum é:
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO COM FOCO EM COMPETÊNCIAS
↓
FEEDBACK, EMPENHO E MONTAGEM DO PDI
↓
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
↓
DESEMPENHO
Mas, a efetividade na eliminação dos gaps identificados na Avaliação de Desempenho com Foco em Competências não reside APENAS no treinamento e desenvolvimento: é necessário que o colaborador APLIQUE a competência que adquiriu, isto é: coloque o CONHECIMENTO em prática e o transforme em COMPETÊNCIA.
As Trilhas de Aprendizagem, então, entram em prática! As opções de aprendizagem disponíveis, ou seja, o conhecimento necessário para o desempenho ideal do papel de cada um na organização, estão baseadas na realidade e na necessidade organizacional e existem alternativas de acordo com o perfil do colaborador.
Inclusive, existem momentos da Trilha que demandam a participação de um mentor, uma pessoa que tem ampla experiência em determinado tema e que vai ajudar a precipitar o processo de aprendizagem de outro(s) colaborador(es). O mentoring aplicado na Trilha de Aprendizagem acelera o desenvolvimento, por meio do fortalecimento das competências, graças ao estímulo e a influência do mentor.
Na Leme Consultoria, a modelagem das Trilhas de Aprendizagem se baseia na técnica do MAP – Mapa de Atribuição por Produto. O MAP fornece todas as atribuições necessárias para a entrega dos produtos das áreas ou unidades organizacionais – e contempla a visão do gestor e do colaborador – além de permitir listar conhecimentos e habilidades necessários para a consecução das atribuições.
Para conhecer mais sobre a modelagem da Trilha de Aprendizagem com Mentoria baseada na técnica do MAP e promover incrementos na Gestão do Desempenho de sua organização, conheça esse treinamento aberto:
TRILHAS DE APRENDIZAGEM COM MENTORIA
Carga horária: 24h | São Paulo / SP
DATAS: [themo_button text=”Primeiro Semestre” url=”/treinamentos/trilhas-aprendizagem-01/” type=”ghost” target=”_blank”] [themo_button text=”Segundo Semestre” url=”/treinamentos/trilhas-aprendizagem-02/” type=”ghost” target=”_blank”]
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