Temas relevantes e atuais sobre Gestão de Pessoas durante três dias, com mais de 20 convidados e especialistas considerados referências no atual cenário organizacional. Esse foi o perfil da Leme Trends 2024, uma semana de alta performance promovida pela Leme Consultoria que aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de agosto.
Através deste evento, virtual e totalmente gratuito, a Leme possibilitou que os participantes tivessem a oportunidade de assistir a cases de sucesso, bem como lives focadas nas principais tendências do mercado para 2025. O interessante é que por se tratar de um webinário com transmissão ao vivo, o público pode expressar opiniões em relação às temáticas debatidas e, também, tirar dúvidas em tempo real. Ou seja, tudo foi realizado com completa interação e sintonia.
Logo no primeiro dia da 4ª edição da Leme Trends, às 10h, foi trazido à tona o tema “Vanguarda, Inovação e Engajamento: como conectar, motivar e atrair jovens talentos”. Na ocasião, Renan Sinachi, CSO da Leme Consultoria, autor, palestrante, mestre em Administração de Empresas e especialista em Gestão de Pessoas e Remuneração Estratégica, abriu os trabalhos e fez algumas “provocações”, conseguindo transformar o espaço virtual em uma verdadeira escalada de aprendizagem.
Além de Renan Sinachi, a abertura da Leme Trends 2024 contou com a presença de nomes de peso como: Rogerio Leme, CEO e founder da Leme Consultoria, professor da FGV, autor de 11 livros, palestrante, empresário e especialista em Gestão de Pessoas e Desempenho; Eduardo Felix, LinkedIn Top Voice, Influencer de RH e especialista em Recrutamento e Seleção; Marcelo Madarász, diretor de RH América Latina Parker Hannifin; e Nathalia Avelino, founder da Ethos e especialista em Cultura Organizacional.
Na live de abertura, Rogerio Leme destacou que o engajamento dos talentos começa a partir do processo seletivo e que dentre uma ação da “velha guarda” que ainda funciona e que sempre devem existir nas empresas é o “lado humano”, em tudo o que é feito pelo Recursos Humanos. Além disso, Rogerio mencionou que as organizações não podem cometer o equívoco de ficarem paradas e precisam agir com os recursos que possuem, porque quem fica estagnado corre o risco de perder espaço.
Enquanto isso, o anfitrião Renan Sinachi enfatizou que, na prática, muitos buscam, na automação e nas experiências padronizadas e reproduzíveis, expectativas de conduta e de comportamento das pessoas que não ocorrem. “Às vezes, o que funciona é aquela conversa mais próxima com o colaborador. Ou seja, chamar o profissional para tomar um cafezinho e fazer uma reunião fora do ambiente de trabalho, para que se quebrem barreiras que surgem devido à natureza do cargo que é ocupado”, complementou.
Enquanto isso, no período da tarde, às 15h, entrou em cena o tema “O ROI do RH: Como ter uma Gestão de Pessoas baseada em dados e que dá retorno”. Dessa vez, a condução dos trabalhos ficou sob a responsabilidade de Rogerio Leme, CEO e founder da Leme. Os convidados foram: Elsimar Gonçalves, CTO da Leme Consultoria, especialista em Tecnologia para Gestão de Pessoas e RH Analytics; Jorge Jubilato, diretor de RH da Rede Farmácias São João; e Rodrigo Bastos, coordenador de People Analytics da Hotmart. O público recebeu uma verdadeira aula sobre a relevância do Retorno sobre o Investimento e como o profissional de RH pode recorrer ao ROI para ser considerado um Business Partner.
Na oportunidade, o convidado Jorge Jubilato citou que é muito comum escutarmos que o RH precisa ser mais estratégico. Na visão do diretor de RH da Rede de Farmácias São João, talvez esse “jargão” tenha se originado devido à falta de o RH trazer soluções para o negócio com base em um diagnóstico pautado em fatos e dados conectados à estratégia da organização. Além disso, ele acrescentou que com a mensuração de informações e da implementação de medidas direcionadas para a soluções dos problemas, o RH consegue adotar rituais de gestão que gerem o monitoramento da execução de medidas, bem como realizadas alterações dos indicadores de controle, para conseguir mensurar como o RH saber como contribui para organização.
“Uma visão mais analítica e com um pouco mais conectada com o vieses financeiros, produtividade e, ao mesmo tempo, equilibrando a efetividade que entrega resultados com a afetividade no trato com as pessoas é algo que sempre busquei na minha carreira e que, acredito, trouxe resultados de sucesso para minha profissão de RH”, afirmou.
Para completar o elenco, a Leme Trends registrou a presença de: Manuela Scheid, Head de People and Employer Branding da Unico IDtech, especialista em Gestão de Pessoas, Liderança Organizacional, Inovação, Design e Estratégia; Giuliana Menezes, Head de TA and Employer Branding da Swile, graduada em Direito, com especialização em Organizational Behaviour pela NorthWestern University. Ela já trabalhou na Korn Ferry International, Michael Page e Hent (Startup investida pela Canary e Y Combinator; e Natália Araújo, psicóloga e coordenadora de RH da Hydronorth, especialista em Análise Comportamental e pós-graduanda em Terapia Sistêmica.
No decorrer da conversa, Mauro Wainstock alertou que quando se fala sobre “encantar” gerações, é preciso ter o cuidado de não colocar as pessoas em “caixinhas estereotipadas”, uma vez que cada indivíduo possui necessidades, expectativas e pensamentos diferenciados. Dentro deste contexto, as organizações não devem pensar focadas na idade das pessoas, mas sim ter foco nos eixos das pessoas que se agrupam por perspectivas, interesses e comportamentos semelhantes. “O mundo corporativo de uma forma geral não está enxergando dessa forma, nesse momento”, lamentou Wainstock.
Dando sequência aos trabalhos, no período da tarde, a Leme Trends abriu espaço para apresentar “Cases de sucesso do Sistema S replicáveis para o seu negócio”. Sob a condução de Renan Sinachi os trabalhos contaram com profissionais de ampla bagagem na temática: Ana Carina, diretora de Gestão de Pessoas do SESC Mato Grosso do Sul; Analúcia Galetti, gerente adjunta de Seleção e Desenvolvimento Humano no SESC Distrito Federal; e Natália Lemes, especialista em Remuneração e Carreira do SENAI São Paulo. Foi uma tarde muito produtiva e que rendeu informações de relevante importância para o público.
Vários pontos interessantes se destacaram neste webinário como, por exemplo, os aspectos e os objetivos que caracterizam as empresas pertencentes ao Sistema S, bem como essas organizações trabalham para desenvolver os colaboradores, sejam esses líderes ou liderados.
No terceiro dia, 15, a Leme Trends 2024 abordou mais uma temática instigante, para aqueles profissionais que atuam na área de Recursos Humanos. Pela manhã, às 10h, ocorreu o webinário “Futuro da Força de Trabalho: Inteligência Artificial e Habilidades Humanas Essenciais”. Nesta manhã, os trabalhos foram dirigidos por Bruno Falcão, diretor de Negócios da SOU Educação. O elenco de convidados foi formado por: Rogerio Leme, CEO da Leme Consultoria; Elsimar Gonçalves, CTO da Leme Consultoria e Gabriel Custódio, professor de IA para RHs da StartSe, especialista em Inteligência Artificial, formado em Filosofia pela USP e certificado em Tecnologia e IA por Duke e Stanford.
Na ocasião, Bruno Falcão levantou como encontra-se a maturidade da área de Recursos Humanos em relação à Inteligência Artificial. Na visão de Gabriel Custódio, a adoção da IA pelo RH encontra-se lenta. Porém, está ocorrendo. “Vejo muita possibilidade de IA Generativa com base em textos. Também observo que existe muito potencial que está sendo pouco utilizado é a IA Preditiva e, por outro lado, vejo uma conexão entre essas duas tecnologias na rotina do RH”, sintetizou.
Enquanto isso, Elsimar Gonçalves lembrou que, na atualidade, ainda vivenciamos uma organização de dados no setor de RH. “Contudo, o ponto mais importante que a IA tem trazido é a velocidade e a democratização que a Inteligência Artificial trouxe para que esse recurso se tornasse popular é, sem dúvida, o grande diferencial. Se o RH possui dados confiáveis e minimamente estruturados e sabe o que realmente ele quer, a IA vai fazer uma diferença absurda”, assinalou.
Para encerrar o evento já consagrado pelos profissionais de Recursos Humanos como fonte de rico conteúdo, a Leme Trends 2024 promoveu, pela primeira vez, um painel presencial e com transmissão ao vivo pela internet. Com o título de Painel C-Level – “O G do ESG” – Segredos e impactos da governança estratégica para líderes de alto desempenho”, o encontro de profissionais com excelente bagagem na área conseguiram agregar um diferencial expressivo ao evento.
Dessa vez, o anfitrião foi Anderson Guimarães, Chief Revenue Officer (CRO) da Leme, especialista (MBA) em Inteligência Comercial e Mercado, especialista em RH e ESG. Guimarães recebeu os convidados: Rogerio Leme – CEO da Leme Consultoria; Juliana Dorigo, diretora de RH da Paschoalotto SA e diretora da ABRH, especialista em ESG, Gestão e Governança Estratégica; Valêncio Garcia, professor e palestrante com mais de 20 anos de experiência em vendas B2B, ex-vice-presidente de vendas da Telefônica, NeoGrid e Neoway, e fundador das empresas wconnect e iOpera; José Francisco, executivo global de Recursos Humanos com mais de 40 anos de experiência em ambientes de alto crescimento; e Renan Sinachi, CSO da Leme Consultoria, autor, palestrante, mestre em Administração de Empresas e especialista em Gestão Estratégica de Pessoas.
Para Juliana Dorigo, o ESG é uma pauta que sempre foi relevante, mas que agora possui um conceito e uma fundamentação, o que assegura espaço para a implementar, monitorar e conquistar os resultados desejados. “Especialmente no eixo G, de uma forma geral, o ESG é muito transversal, as agendas, as pautas são transversais e essa dúvida de onde a estrutura ESG fica, se em RH, em RI, é um ponto menos importante do que, de fato, a empresa tem como estratégica que é se posicionar. Como RH, temos a oportunidade de protagonizar no ESG das empresas, porque ele tem muita relação com a gestão do Capital Humano. Então, é um momento muito relevante para o RH trazer esse posicionamento estratégico e integral, do ponto de vista de entender que Governança não é sobre uma área, mas sim sobre um sistema de mecanismos de gestão e processos que precisam permear a organização toda”, afirmou.
Na opinião de José Francisco, sem o RH não existe empresa que ‘ande’. ”Quem dá tração aos processos é o RH e Governança é um desses processos. Se não entendermos sobre o impacto de uma empresa não ter Governança, não apenas nos resultados financeiros, mas também em relação à reputação de uma empresa. Uma organização que não tenha políticas de Governança, que não esteja levando a sério tem expressiva chance de ter sua afetada”, alertou.
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