Você sabe como receber melhor um novo profissional na equipe?

SÃO PAULO – Muitas vezes, o ambiente de trabalho é um local altamente rotativo. Ou seja, constantemente novos profissionais estão integrando as equipes enquanto alguns as deixam. Mas, para os que ficam, qual a melhor forma de receber os que chegam?

A primeira dica é se colocar no lugar do outro. Osprofissionais não devem se esquecer que aquele que está chegando está cheio de inseguranças, medos, dúvidas e expectativas. Ele não sabe como é o sistema da área, como são os profissionais e, por outro lado, ainda está preocupado com o fato de que terá que mostrar resultados.

Criando empatia
“A equipe tem que ter consciência sobre o que passa na cabeça do cara que está chegando”, lembra o consultor em educação corporativa da Leme Consultoria, Fernando Battestin. A palavra que define essa postura é a empatia. Mostrar que você se identifica com a situação do novato, pode ajudar bastante a integração.

Além disso, é importante não se deixar influenciar por qualquer tipo de preconceito, principalmente, no momento que você estabelece uma relação com o profissional. “Independentemente da primeira impressão que você teve, crie um contato amigável”, aconselha Battestin.

Portanto, nos primeiros dias, mostre interesse pelo colaborador, por exemplo, o questionando sobre sua trajetória profissional. A ideia não é se tornar o melhor amigo da pessoa, mas, sim, criar um ambiente amigável e confortável.

Lembre-se ainda que é importante investir tanto na relação pessoal – aquela que você terá individualmente com o novato – quanto na relação em grupo. “Mostre que ele pertence ao grupo, evitando isolar essa pessoa”, sugere Battestin. Para isso, vale aproveitar os almoços, as reuniões e mesmo os happy hours da empresa.

E quando o novato é o chefe?
Quando uma equipe recebe a notícia de que terá um novo chefe, a situação deve ser encarada da mesma forma como se estivessem recebendo um outro membro qualquer. Tentar impressionar esse novo chefe, criando uma realidade que não existe não é o melhor caminho.

“Os profissionais sabem que em nenhuma empresa as coisas são totalmente cor de rosa”, diz o sócio-diretor da DNA Hunter, Celso Malachias. Isso quer dizer que não se deve esconder os problemas, mas, sim, deixar que eles apareçam para começar a solucioná-los o quanto antes.

Isso também não quer dizer que o novo chefe deva ser bombardeado de notícias e problemas na primeira semana. A questão é encontrar o equilíbrio, deixando que, de forma espontânea e suave, as pessoas e os problemas sejam apresentados à nova liderança.

Fonte: Portal InfoMoney

Palestra acontece no dia 20, segunda-feira, no auditório do Senac, em Rondônia


por CMKT Leme / NewsRondônia – 13/11/2017

 

COMO APLICAR A LIDERANÇA EM TEMPO DE INCERTEZA

Senac Rondônia | 20/11/2017

▶ A principal medida a ser desenvolvida para mudar o comportamento de gestores é o aprimoramento de suas habilidades como empreendedores, o que passa necessariamente pela atitude correta ao liderar processos. Para tratar de tema tão importante no atual cenário de mercado, o Sebrae trouxe dois importantes facilitadores com expertise em liderança.

Informações da palestra

As palestras vão acontecer no dia 20, segunda-feira, no auditório do Senac, na Rua Tabajaras, 539, bairro Pedrinhas, sendo a primeira delas às 19h. A palestra de fechamento será com Rogerio Leme, professor de gestão de pessoas na Fundação Getúlio Vargas e Diretor de Tecnologia da ABRH Brasil, onde também é diretor de estudos e desenvolvimento organizacional. A palestra terá o tema “Competências da Liderança: Gerando Resultados Sustentáveis”. Para Rogerio, é preciso fazer mais com menos, de forma melhor, mais rapidamente e com sustentabilidade. NA palestra, Rogerio tratará dos desafios da gestão de pessoas: a inovação, o engajamento e a produtividade.

Para se inscrever, é só acessar este link. Para outras informações, ligue para a Central de Atendimento no 0800 570 0800 ou entre em contato pelo WhatsApp: (69) 98130-5656. ■

 


 

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Por Maíra Stanganelli | 4/9/2019 [Update: 5/9/2022]


▶ O ano era 1996 e a Internet ainda não era abundante como a conhecemos hoje. Por isso, as agências de emprego, consultorias de RH e empresas que realizavam seus próprios processos de R&S tinham um desafio: organizar as pilhas de currículos impressos que chegavam diariamente. Foi para tornar mais ágil essa organização e facilitar o acesso aos dados dos candidatos que Rogerio Leme desenvolveu o Tweezer.jobs, o melhor software de gestão de R&S do mercado até hoje.

Para acabar com a pilha dos papéis, a ideia foi a seguinte: digitalizar os currículos utilizando um software de reconhecimento ótico de caracteres (OCR) e salvá-lo em dois formatos, uma imagem e um documento de texto. Assim, a empresa manteria uma cópia fiel do CV no sistema, bem como, a sua versão em .DOC, utilizada para a busca das palavras-chaves. Pronto! O papel podia ser descartado. Os currículos que chegavam por e-mail ou site, formatos ainda raros na década de 90, também eram armazenados facilmente em nosso software de gestão de R&S.

Essa mentalidade de propor soluções criativas para os problemas do dia a dia, agilizar processos, sistematizar o que é rotina e liberar o tempo dos profissionais para desenvolverem estratégias ao invés de realizarem muito trabalho operacional, é a essência da Leme.

Assim, fica claro entender o porquê a nossa missão é “interpretar as práticas de Gestão de Pessoas e Estratégia Empresarial, transformando-as em soluções inovadoras e acessíveis às empresas, considerando as necessidades e resultados esperados pelo cliente”.


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23 anos depois e centenas de clientes atendidos em todo o Brasil, o Tweezer.jobs evoluiu junto com o mercado, por meio da resolução de demandas e do lançamento de tendências para Recrutamento e Seleção de pessoas.

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Não pense que nós nos esquecemos dos currículos recebidos em papel! A ideal original, do Rogerio, ainda sobrevive. Com o scanner ou outra ferramenta de digitalização (alguns celulares também são capazes de fazer isso), o arquivo é salvo no software de gestão de R&S e nenhum talento é perdido!

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SAIBA MAIS:

Sistema para recrutamento e seleção resolve tarefas manuais do dia a dia

Estruturação do processo de R&S é fundamental para a atração e seleção dos melhores candidatos

Inbound Recruiting: como essa técnica atrai os melhores talentos


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Novo livro do professor Rogerio destaca a implantação do programa de Gestão por Competências do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia


por Assessoria de Comunicação Institucional TJ-RO | 21/09/2017

 

▶ “O que você precisa realmente saber sobre o futuro da avaliação de desempenho” é o título da publicação da editora Quality Mark, que traz como um dos exemplos de sucesso, a implantação do programa de Gestão por Competências, do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Esse é um dos temas mais estudados e aplicados na gestão de recursos humanos na atualidade.

O livro foi lançado em agosto, durante o CONARH, Congresso Brasileiro de Recursos Humanos de 2017, na cidade de São Paulo, e já está sendo distribuído em todo país. No capítulo 7, “Da teoria para a prática: Cases de empresas públicas e privadas que implantaram e usam a avaliação de construção das descrições de função”. Entre as páginas 83 e 92, a experiência rondoniense é apresentada em artigo escrito pela servidora Daniely Amadio, diretora do Departamento de Desenvolvimento de Carreiras (Deadc), órgão da Secretaria de Gestão de Pessoas do TJRO que faz gestão do GpC no Judiciário Rondoniense.

 

Novo livro da dupla foi lançado no ConaRh 2017

Novo livro da dupla foi lançado no ConaRh 2017 (Saiba mais)


 

A publicação evidencia o histórico decisório e a implantação do GpC, que ocorreu em quatro etapas: sensibilização, definição das competências organizacionais e técnicas, construção das descrições das funções e a avaliação das competências comportamentais e técnicas dos servidores.

O papel primordial da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron) também foi destacado por Daniely Amadio, que, na conclusão, refletiu sobre a mudança de percepção dos servidores com relação ao setor de RH, não mais como um cadastro funcional e local da folha de pagamento, mas como uma unidade de apoio nas questões relacionadas à gestão de equipe.

Escrito e organizado por Rogerio Leme e Renan Sinachi, o livro avalia o panorama atual e apresentam as principais tendências do mercado, apontando referências sobre como relacionar o desenvolvimento das equipes aos anseios por resultados corporativos e à entrega dos profissionais.

Os autores defendem que, apenas com uma visão sistêmica e abrangente, de um RH verdadeiramente estratégico, é possível sustentar a cultura de que vale a pena realizar ações concretas de avaliação, liderança e capacitação dos colaboradores e servidores. No comentário sobre o case do TJRO, Leme e Sinachi enaltecem o desenvolvimento do Poder Judiciário de Rondônia, com sistemas eletrônicos e práticas de gestão, com apoio da alta administração e a continuidade das políticas institucionais mesmo em trocas de gestão, o que favorece o trabalho em equipe intersetorial. ■

 
 
 Fonte: TJ-RO

 

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Renato Nallin
Qual a perspectiva de vocês para a velocidade que as empresas vão se recuperar após essa recessão?
R:. Olá Renato. Como eu gostaria de ter uma resposta certeira! Essa é a resposta buscada por todo empresário, profissional e todos aqueles que hoje estão desempregados. Vivemos aqui no Brasil uma crise que ultrapassa a área da saúde, como é sabido. Acredito que vamos continuar sentindo o impacto mesmo após pandemia, e cada empresa terá seu próprio ciclo de recuperação. As mais impactadas, as que não se viram sem alternativas para manter seu negócio vivo estão, hoje, dispendendo esforços para encontrar fontes alternativas de receita – o que é vital – e encontrar o seu próprio modelo de retomada. Eu acredito que elas estarão muito mais fortes e mais preparadas para expandirem os seus negócios no novo normal.
Muitos cases de sucesso vão nos inspirar. Por que não termos nós a nossa própria história de superação, não é mesmo?


Fabiana Tonelo da Graça Mota
A atuação local faz diferença no global. Como agir globalmente sem pensar no individual e na comunidade local?
R:. Excelente pergunta. Sim, certamente! Toda grande mudança nasce do indivíduo e se expande para todas as demais áreas da vida.
Atitudes verdadeiras de solidariedade, de compaixão, serão a transformação que queremos ver no mundo: nos tornarmos melhores seres humanos.
Tem mais perguntas suas que tomei a liberdade de trazer para cá:
Por que é “vergonhoso” fazer sucesso nesse momento?
R:. Muito francamente, Fabiana, ressinto não ter dado espaço para compreender melhor a sua pergunta. Eu realmente não acredito nisso e não consigo nem sequer pinçar um momento onde pude dar a entender que fazer sucesso hoje é vergonha. Se o sucesso vem de modo honesto, maravilha! Terei uma enorme satisfação se quiser me explicar melhor: fique à vontade para me contatar pelo marcia@lemeconsultoria.com.br
A vida não existe sem ação. Não temos que ser empáticos com quem tem coragem e sai para o trabalho e age nesse momento, para dar alimento para sua família? Eu sou extremamente favorável ao trabalho, mesmo diante do perigo. Sempre declarei, mesmo que açoitada pelas divergências de opinião, que saúde e economia são coisas indissolúveis. Que é insano trancafiar uma família em prol da saúde, enquanto passa-se fome. É disso que falei no pouco tempo que estivemos juntos: a dualidade de opostos gerando extrema insegurança no cidadão. Portanto, não são coisas dispares e não é necessária muita inteligência para prevermos as consequências que essa dissociação vai acarretar.
Ao mesmo tempo, a responsabilidade precisa imperar. Não há uma única solução para o todo. O melhor para uma cidade, não necessariamente o é para outra.
Então, a meu ver, o problema não está na falta de empatia. Está no modo como resolveremos problemas ainda de forma linear: isso sim, isso não! Isso não vem acontecendo somente na saúde ou na economia diretamente. Acontece na forma como resolvemos problemas. Na forma como lidamos com a opinião diferente. Enfim, todo extremo será condenado.


Cris
Como montar um programa de contingência para fortalecer os colaboradores com a chegada de casos de coronavirus na Empresa?
R:. Olá Cris, espero que você e todos os seus estejam bem. É, Cris, todos ficamos muito mexidos com a notícia de que colegas de trabalho foram contaminados. Concomitante, o quanto a empresa se importa com cada dos seus. Mais uma oportunidade para demonstrarmos o nosso apreço.
Bom, o que fazer então?
O caminho mais sensato é falar a respeito e criar espaço para que as pessoas possam expor suas emoções, seus receios, medos, angústias, enfim… Nenhuma emoção consegue ficar represada. Quando entendemos como as pessoas estão se sentindo, ganhamos as informações de que precisamos para agir a partir das expectativas que trazem.
Entendo, ainda, que as pessoas precisam ser orientadas insistentemente sobre como se prevenirem da doença – mesmo que aparentemente saturados de conhecimento – mas, em especial, sobre como preservar vidas – suas e de outros. Sem pânico, sem a institucionalização do medo, mas entenderem que todos temos um papel importante nesta luta.
As pessoas tendem a se sentirem melhor quando se sentem úteis na luta e, acredito, que será um bom indicador de êxito e sucesso para a empresa.


Jorgete leite Lemos
Oi Márcia, parabéns. Você falou em MEDO e eu pergunto: Medo e Diversidade andam juntos. Neste momento, o MEDO afeta a promoção da Diversidade, na sua opinião?
R:. Grande mestra, Jorgete! Você é uma referência neste assunto e me rendo a você todas as vezes que tenho a oportunidade de ser sua aluna neste tema.
Você é testemunha do quanto o momento que estamos vivendo escancarou a diversidade. O medo também tem propiciado questionamentos sobre nossas convicções, restrições e limitações, conscientes e inconscientes. Se será por intermédio dele que ampliaremos a nossa visão sobre uma sociedade mais igualitária e justa é o que queremos confirmar. Mas, como você mesma diz, há muito a evoluir, ainda.


Marcelo Severino dos Santos
bom dia! Márcia, os interesses da organização no mesmo nível dos interesses dos colaboradores, como gerar essa conscientização?
R:. Bom dia, Marcelo. Que bom ter tido você conosco. Bem sabe o carinho e admiração que tenho por você.
Me dirigindo para a sua pergunta: é o inverso, Marcelo! Trazer para a casa colaboradores que tenham os mesmos interesses da empresa, o que é possível com um processo de contratação muito bem feito.
Quando isso não é possível, não há outro jeito se não provocar um alinhamento ininterrupto, que deve ser de responsabilidade dos líderes da organização.
Nós, e eu sei que você também, temos a clareza da importância de conectar emocionalmente as pessoas a um propósito organizacional claro e envolvente que lhes permita ter uma visão de futuro, que as faça se sentirem vivas; sentirem que os seus esforços valerão a pena; capazes de perceberem a evolução dos resultados a partir da sua dedicação e de seu comprometimento. É a cultura ganhando forma e ganhando adeptos, dia a dia.
Os comportamentos esperados não acontecerão na velocidade que nós, profissionais de RH, desejamos, já que não é possível jogar fora a história pregressa da empresa e as suas marcas. Agora, é fato que cultura Organizacional não é impenetrável. A alteração de um quadro que está em desacordo é possível e não rara. Cultura organizacional é criada intencionalmente, tem regras de conduta iguais para todos e há um apoio, pois, traz uma linguagem positiva comum, que gera participação, que engrandece, que motiva.
É, para mim, a melhor escolha que uma organização pode fazer.


Luciane Goes
Márcia, você entende que temos empresários aproveitando a situação para demissões ou tirar benefícios e direitos dos trabalhadores?
R:. Oi Luciane, bom tê-la por aqui. Lu, não acredito e não devo nem sequer considerar esta possibilidade sob pena de cometer generalizações equivocadas. Prefiro acreditar que é uma questão de sobrevivência em um período cuja duração se desconhece. De qualquer modo, é fato que a vida traz de volta tudo o que colocarmos nela. A conta sempre chega.


Tatiane Nunes
Nossa visão precisa ser mais holística, né Márcia? Nos oportunizar ter trocas com o diferente é o que nos faz crescer?
R:. Tati Nunes, satisfação ter você por aqui.
Acho isso essencial para o sucesso de qualquer profissional, como também de empresa. Valorizar a diversidade, inclusive de opiniões. Não descartar o impossível de um jeito tão voraz e imperioso. Lidar com erros de forma mais humanizada, porque sempre haverá um aprendizado para os envolvidos. Cuidar das mensagens – muitas implícitas – que são transmitidas a todos no dia a dia. Se você tem mais do mesmo; se as pessoas não têm espaço para opinar; se os pronunciamentos valorizados são sempre aqueles que a chefia vai aprovar, eu penso que a empresa corre riscos sérios. Há uma linha muito tênue nas soluções que servem e as que não servem. Quando somente uma voz impera, tudo fica muito penoso e claro, perigoso.
O mundo nos traz insights importantes. São das conexões que obteremos prosperidade. Te desejo muito sucesso na vida. Até a próxima.


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Apresentadores

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Muitos elementos tidos como motivadores no passado precisam ganhar doses de inovação, pois já não mobilizam pessoas na busca de resultados sustentáveis. Confira quatro passos para engajar seus colaboradores.


por Marcia Vespa | 10/2015


Marcia Vespa▶ Tem sido expressiva a preocupação de empresários e executivos com a motivação de suas equipes. Sinais dos novos tempos. Vamos entender a motivação humana como um universo: a primeira compreensão é identificar qual lacuna é merecedora de atenção, do contrário, ações aparentemente positivas podem se transformar em custo sem retorno, o que, nos dias atuais, seria no mínimo imprudente.

Normalmente, ao explorarem as necessidades e anseios, gestores atrelam a motivação ao comprometimento e comprometimento a um sentimento de propriedade. Explorando um pouco mais, o sentimento de propriedade à proatividade e, por fim, a proatividade ao “fazer rápido”.

tired_worker

Muito bem. Estamos frente a frente com um grande engodo. Aqui começa a tragicomédia do homem: o mito e a versão simplificada nas organizações de que ser proativo é fazer rápido e do jeito certo – sendo o “certo” o jeito do chefe.

Aí começamos a entender porque os colaboradores não se sentem responsáveis pelos resultados da organização. Respeitando as particularidades de cada corporação – e sem querer transformar exceções em regras, como temos observado tão frequentemente em artigos e publicações – a minha experiência aponta para alguns fatores universais, e é sobre eles que me proponho a discutir.

Equipes se tornam motivadas quando há uma clara conexão emocional entre objetivos pessoais e objetivos organizacionais

Como você quer engajar pessoas se não sabe se elas são engajáveis? Por quanto tempo? A qual preço?

A vida sempre será resultado de nossas decisões e não das condições. Joguemos por terra o estigma de que pessoas não gostam de mudanças. O que as pessoas não esperam é serem forçadas a mudar. Se uma vida inteira é pouco para fazermos tudo que temos condições de fazer, imagine fazer aquilo que contraria o próprio perfil.

Primeira condição para manter equipes motivadas:
Ter as pessoas certas nos lugares certos.
O contrário é sempre um perde-perde em longo prazo.

Outro elemento importante de discussão é a ilusão que os gestores têm de que seus liderados sabem o que se espera delas. Talvez sim, talvez não. Depende de quem disse, como disse e como exemplifica isso nas condutas no dia a dia. Discurso incoerente com a prática gera desconfiança.

A eficiência, a sabedoria e o talento da equipe são amaldiçoadamente desperdiçados, a não ser que a equipe tenha alguma informação sobre seu rumo e como contribuirá para as estratégias globais da organização.

As empresas precisam traduzir as estratégias do negócio na função. Não acho que um descritivo de cargo seja suficiente para provocar esse alinhamento entre pessoas e negócios, mas é uma ferramenta que não deveria ser menosprezada simplesmente por estarmos vivendo um outro paradigma que não o do controle.

Todos temos potencial para alguma coisa. Se você, empresário ou gestor, for capaz de identificar pessoas que têm o perfil para a função e que vão fazer o que gostam… Elas virarão “super-homens”. Não há como ser diferente. A partir de agora você não mais se surpreenderá quando ler trajetórias de pessoas comuns que se tornaram um sucesso.

Pode ter certeza: alguém contribuiu para ela chegar lá, compatibilizando perfil com valores. Integre comportamentos e valores e você terá uma visão complementar para a tomada de decisão. E, claro, pare de fazer “experiências” com gente. Além se submeter um bom técnico a um nível de incompetência desnecessariamente ao promovê-lo inadvertidamente a cargos de liderança, você se frustrará ao enxergar os seus maus resultados afetando diretamente o negócio. Pense mais a longo prazo.

A decisão antecede a ação. Não tente mudar a essência de uma pessoa. Isso é altamente desmotivador.

Portanto, a segunda condição para manter equipes motivadas:
Traduzir as estratégias de negócio na função e criar em equipe uma visão de área, um propósito que se conecte com as áreas interdependentes e, que seja claro e envolvente.
Sem visão a equipe não tem razão para existir.
Você se surpreenderá ao ver as pessoas oferecendo os seus melhores esforços.

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Penso que uma pessoa não é somente os resultados que apresenta. De qualquer maneira, um profissional será medido pelo seu desempenho. Entendo desempenho como a força de quatro fatores: comportamentos que levarão a empresa a atingir sua visão, capacidade técnica para vislumbrar a excelência de seus feitos e inovar, a complexidade da função (se estratégica ou tática – ambas importantes) e os Resultados, a entrega do colaborador.

Sou favorável à implantação de sistemas de gestão de desempenho que diferenciem pessoas nos quatro elementos acima. E sou favorável também à adoção de critérios de diferenciação claros, compreensíveis por todos, compactuados, inspiradores e desafiadores.

Vitoriosos querem vencer. Vitoriosos precisam ser vistos e reconhecidos. Se uma gestão de desempenho vier atrelada à remuneração estratégica, sem dúvida será uma excelente forma de descobrir, corrigir, valorizar e reter talentos. Mas, atenção: não confunda diferenciação com competição, tirania e comportamento de multidão.

Você pode e deve implantar uma remuneração estratégica, oferecendo ganhos aos melhores, e acreditar que todos podem chegar lá. Esse negócio de parte dos lucros a 25% do quadro é no mínimo um desrespeito ao todo. Você pode até concluir que apenas 25% são merecedores de um reconhecimento, mas definir antecipadamente que 75% serão perdedores é declarar que a formação de equipes não é vantajosa, desejável ou atingível!

O desempenho deve exigir que haja ganhos para todas as partes conforme suas entregas. Os ganhos precisam ser pensados nos termos da organização.

Isso nos leva à terceira maneira de motivar pessoas:
Criar elementos de diferenciação e de recompensar as diferenças. Resultados superiores dependem de uma disciplina chamada execução.
Dê foco e reconheça a execução.

Precisamos entender que pessoas e equipes não nascem prontas e preparadas para enfrentar com inteligência todo e qualquer desafio. Não é como se a empresa fosse um ser estático e previsível. Cada vez que uma pessoa assume novos desafios seu nível de maturidade cai diante do novo, até que o crescimento e evolução sejam construídos.

É um processo, não um treinamento pontual. Não se pode esperar que pessoas e equipes batam recordes de excelência se as competências necessárias ainda não foram desenvolvidas. Quanto maior a exigência da equipe em termos de resultados, maior deve ser o foco no seu desenvolvimento.

Um quarto caminho lucrativo para motivar equipes:
Ter líderes plenamente preparados para desenvolver pessoas – líderes formando líderes.


Seus líderes estão preparados para gerenciar pessoas e não tarefas?

Líderes gerenciam pessoas para resultados e oferecem feedback constante. Isso é o mínimo. PONTO! As pessoas demonstram maior interesse em seu trabalho quando as gerências e diretorias mostram interesse nelas.

Mostre a eles que você se importa. Faça com que os seus colaboradores saibam que as suas contribuições são apreciadas pessoalmente por você. Olhe nos olhos deles e diga isso. Garanto que é melhor do que um jantar esporádico ou um final de semana em um hotel de luxo por conta da casa. É no cotidiano que a confiança se constrói.

Tenho visto em várias fontes a escassez de líderes no mundo, e todas apontam para a inabilidade das lideranças em liberar o talento e a paixão das pessoas, em treinar a tomada inclusiva de decisões e em ser uma fonte de ajuda para que as pessoas sejam bem-sucedidas nos seus trabalhos. São ‘pequenas’ coisas que têm um impacto tremendo nos resultados e na perpetuação de uma marca, já que nenhuma empresa conseguirá ser maior ou melhor do que as pessoas que ela integra.

Com orientação adequada todos conseguem fazer melhor. Toda pessoa tem o potencial para fazer melhor. Mas, lembre-se de observar se o ‘melhor para você’ é de fato suficiente. Nada mais desmotivador que metas inatingíveis. Dê feedback frequente, compatibilizando comportamento e resultados aos objetivos de futuro do seu liderado. Dê liberdade em face de um destino. Não assuma a responsabilidade sobre a vida do colaborador.

Se você ainda se vê obrigado a “empurrar” sua equipe diariamente… pense nas estratégias acima. É complicado trabalhar entusiasticamente por um resultado se as pessoas não sabem qual deve ser. É difícil alcançá-lo se você não conhece as aspirações de vida da sua equipe. E é impossível alcançar bons resultados se você não unir uma coisa à outra. ■


SERVIÇO

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Empresas contratam por Competência Técnica e demitem pela Comportamental
Gestão por Competências X Liderança – Uma relação intrínseca
Foco em Resultados: a evolução da Gestão Estratégica de Pessoas


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Patrícia Bispo para o RH.com.br | 9/10/2012

líder nas empresas públicas

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▶ Se conduzir equipes em uma empresa que ofereça todas as ferramentas necessárias para a mensuração de resultados e a avaliação de talentos não é uma tarefa fácil, a situação complica-se mais ainda quando o líder não conta os recursos necessários para o desenvolvimento dos seus liderados e sabe que mesmo que não atenda às expectativas esperadas, gere conflitos e até mesmo prejudique o clima organizacional, o profissional dificilmente será desligado do quadro. Essa, infelizmente, é a realidade vivenciada por muitas lideranças que atuam em órgãos públicos, seja na esfera federal, estadual ou municipal.

Somando-se a esses problemas, boa parte dos líderes assume essa função por suas competências técnicas, sem terem sido preparados para gerir pessoas. De acordo com Rogerio Leme, diretor executivo da Leme Consultoria, escritor, facilitador de treinamentos e consultor com atuação em empresas públicas e privadas, os gestores do serviço público ainda possuem as iniciativas de controle da Era Industrial e não da Era do Conhecimento e ainda são, em sua maioria, chefes e não líderes. “O funcionalismo público foi largado durante muitos anos e agora iniciamos as ações para colocar a administração pública, de maneira geral, nas diretrizes contemporâneas da gestão”, assinala.

Em entrevista concedida ao RH.com.br, Rogerio Leme mostra otimismo, quando indagado sobre suas expectativas em relação à Gestão de Pessoas nos órgão públicos: “Sou um entusiasta, inclusive compartilhando um projeto inovador com uma assembleia de um importante Estado. Em breve, quem sabe, não teremos notícias boas e promissoras também nesta desafiadora área”, revela.

Rogerio Leme é um dos palestrantes da 2ª Turma da Jornada Virtual de Liderança, promovida pelo RH.com.br, no período de 08 a 23 de novembro próximo. Na oportunidade, ele ministrará a palestra em vídeo “Feedback: uma ferramenta das lideranças para a transformação de equipes”. Confira a entrevista na íntegra e só para adiantar, o conteúdo é interessante tanto para profissionais de empresas públicas quanto privadas. Boa leitura!


RH.com.br: O senhor realizar trabalhos de consultoria junto a várias instituições públicas e mantém contato direto com as lideranças dessas empresas. Em sua opinião, qual a principal característica dos gestores públicos no Brasil?

Rogerio Leme – Os gestores do serviço público são, em geral, profissionais altamente capacitados e técnicos em sua área de atuação, extremamente inteligentes, capazes e com alto grau de formação acadêmica. Entretanto, não são ou não estão preparados para serem líderes de pessoas em um ambiente político, envolto por interesses políticos, muitas vezes partidários, onde impera o uso de poder.


RH.com.br: Que fatores contribuem para que eles apresentem esse perfil?

Rogerio Leme – O principal fator é que estes gestores não foram preparados para serem gestores de pessoas, mas apenas gestores de processos. Normalmente, o melhor técnico assumia o posto de liderança, ou ainda, um profissional era convidado para ser gestor em troca de uma promoção salarial, uma vez que os planos de cargos e salários, que no serviço público é chamado de plano de carreira, estão obsoletos e defasados. Os gestores do serviço público ainda possuem as iniciativas de controle da Era Industrial e não da Era do Conhecimento. Ainda são, em sua maioria, chefes e não líderes. Mas, a culpa não é deles. O funcionalismo público foi largado durante muitos anos e agora iniciamos as ações para colocar a administração pública, de maneira geral, nas diretrizes contemporâneas da gestão. Agora falamos de planejamento estratégico, BSC – Balanced Scorecard, gerenciamento pelas diretrizes, Gestão por Competências, avaliação de desempenho, clima organizacional, cultura de resultados. Isso tudo requer do líder uma nova postura, mas requer um investimento no desenvolvimento das pessoas, pois liderança não se resolve ou se adquire apenas com leitura de livros de autoajuda ou treinamentos em sala de aula. São necessárias ações específicas e estratégicas, ainda mais no ambiente técnico-político onde está inserido o serviço público.


Saiba mais: Liderança Adaptativa.


RH.com.br: Isso os diferencia muito dos líderes que atuam em organizações privadas?

Rogerio Leme – Costumo dizer que existe uma grande diferença entre a empresa pública e a empresa privada. Uma empresa privada pode fazer tudo que não seja contra a lei. Já a empresa pública pode fazer somente aquilo que estiver na lei. Isso tem e faz muita diferença. Na realidade, existem alguns entraves culturais e isso dificulta a vida do gestor no setor público. Um deles é a cultura da estabilidade. Algumas pessoas prestam concurso com o interesse em “amarrar o burro na sombra”, como diz o ditado. Essas pessoas, na realidade, prejudicam não somente a imagem do funcionalismo público, mas a vida do líder. Diferentemente de uma empresa privada, onde se o funcionário não estiver em coerência com a função que desempenha pode haver seu desligamento, exonerar um servidor público por questões de desempenho é algo muito raro. Não porque a estabilidade não permita ou que não exista um instrumento. Na realidade existe.
A estabilidade é um importante recurso que garante que o servidor público não fique à mercê de vontades políticas, além de ser uma garantia para a sociedade da continuidade do serviço. O problema está no instrumento de avaliação de desempenho, normalmente utilizado pelos órgãos públicos que são subjetivos e insuficientes para comprovar o baixo desempenho de um servidor que não tem o espírito do que é ser servidor público e, pela ineficiência do instrumento, gera fragilidade jurídica, fazendo que um servidor exonerado por questão de desempenho entre com um processo judicial e seja reintegrado ao seu cargo. Bons e maus profissionais existem em todas as profissões. No serviço público não seria diferente. Agora, é fato que a cultura da sociedade brasileira classifica os servidores como acomodados de maneira geral, o que em minha opinião é uma visão equivocada, pois existe sim um problema político, cujos servidores sofrem esta influência e falta de estrutura. Que existem servidores acomodados, não há dúvidas, mas têm muitos servidores que honram e vivem a missão de servir a população.
Conviver com estas diferenças e liderar pessoas com estas questões culturais e limites impostos pela legislação são os entraves culturais que afetam as lideranças do serviço público.


RH.com.br: A maneira de atuação dos líderes de empresas públicas tem evoluído nos últimos anos?

Rogerio Leme – Não tenho dúvida da evolução que está acontecendo. As exigências dos programas como o GesPública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – o esforço que o Conselho Nacional de Justiça vem executando, definindo metas ousadas para todo o Judiciário, desde estruturação, resultados, Gestão de Pessoas, Gestão de Competências, Gestão do Clima Organizacional, entre outras, exigem dos líderes novas posturas. O setor público vem evoluindo. Talvez não no ritmo que nós cidadãos que não estamos envolvidos no dia a dia do serviço público, ou, ainda, quando comparamos à velocidade e poder de transformação da iniciativa privada. Sou muito otimista neste assunto, pois vejo e acompanho o esforço de órgãos públicos que lutam pelo desenvolvimento humano. Mas, principalmente, vejo a evolução deste setor pelo esforço na busca da transformação, pois os atuais líderes do setor público pagam um enorme ônus de muito tempo que o funcionalismo público foi deixado às traças. Agora é preciso recuperar o tempo perdido. Contudo, há muito por ser feito, não há dúvidas.


RH.com.br: O que o senhor considera indispensável ao desenvolvimento do líder que atua em organizações públicas?

Rogerio Leme – Para mim o líder que atua no setor público precisa e deve ser muito melhor do que um líder que trabalha na iniciativa privada, pois é muito, mas muito mais fácil ser líder na iniciativa privada. As limitações impostas pela lei, pela falta de possibilidade de implantar incentivos de remuneração, de atração, de retenção de talentos ou mesmo de desligar profissionais abaixo das necessidades pelo fator da estabilidade, exigem que o líder seja muito melhor. Desenvolver pessoas é a única alternativa de um líder no setor público, diferente da iniciativa privada. Logo, ele deve ser melhor em lidar com as pessoas, em extrair das pessoas o melhor que elas podem entregar, em motivar e manter as pessoas motivadas. Para isso, é fundamental o líder do gestor público conquistar e saber trabalhar com autoridade e não com o poder. Apenas para relembrar este conceito, poder é quando alguém obriga que uma ação aconteça, mesmo que seja contra sua vontade. Podemos ver uma cena, por exemplo, do filme Tropa de Elite, quando o capitão Nascimento e seus colegas de trabalho são obrigados a subir o morro, pois o Papa João Paulo II iria pernoitar na região. Já autoridade é quando as pessoas são “influenciadas” a fazerem o que deve ser feito para o bem comum por sua vontade própria, como Ghandi e outros líderes da humanidade fizeram na história. Ao meu modo de entender, a autoridade só é construída com o exemplo. Trabalhar a liderança pelo exemplo nas organizações públicas é a maneira de ter autoridade e ter autoridade é essencial para o desenvolvimento da liderança eficiente e eficaz no serviço público.


RH.com.br: A Gestão por Competências tem sido um recurso muito valioso para os líderes de empresas privadas. Essa realidade já se consolida em instituições públicas?

Rogerio Leme – Alegro-me ao ver iniciativas como a do Conselho Superior da Justiça do Trabalho que publicou uma resolução específica sobre a necessidade da implantação da Gestão por Competências na Justiça do Trabalho para os gestores de primeira e segunda instância. Trata-se da Resolução 92/2011 com revisão no ano de 2012. Ela determina metas para implantação até julho de 2013. Nós estamos executando o processo de implantação da Gestão por Competências em vários tribunais. Isso não é modismo, tampouco uma ação apenas para atender uma resolução, pois o envolvimento e participação dos líderes desses tribunais é extremamente ativa. É uma necessidade, é uma realidade. Agora, o que mais me alegra é a preocupação na estruturação desta resolução, pois a atenção não foi em apenas fazer o mapeamento e avaliação de competências, afinal, somente a avaliação não transforma a organização. A resolução dispõe, além da necessidade de implantar os programas de desenvolvimento individual com os resultados da avaliação, da necessidade de montar os Programas de Desenvolvimento de Gestores, afinal, é preciso preparar os líderes para desenvolver as competências dos servidores. Ou seja, não é uma ação de fachada. A resolução preocupa-se com a estrutura que deve ser gerada para seus líderes. É o que já estamos fazendo em alguns tribunais que enxergaram essa necessidade, antes mesmo da publicação desta resolução.


RH.com.br: Quais são as suas expectativas para a Gestão de Pessoas nos órgãos públicos, sejam esses das esferas municipais, estaduais ou federais?

Rogerio Leme – Particularmente entendo que o Poder Judiciário será exemplo de Gestão de maneira geral, até mesmo pelos esforços que o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho já estão realizando. No Poder Executivo, penso que são os Estados que irão liderar a demanda, embora eles tenham uma grande dificuldade, pois é desafiador institucionalizar modelos de Gestão de Pessoas para estruturas gigantes como as dos estados, ainda mais quando acrescentado às distâncias territoriais. De modo geral, entendo que o papel das Secretarias de Administração seja fundamental na construção do modelo, dando estrutura e condições de consolidações necessárias, mas permitindo que cada secretaria tenha seu momento, sua estrutura e suas ferramentas de gestão aplicadas em momentos diferenciados. Integrados, sem dúvidas pelo modelo de gestão, mas não executando tudo ao mesmo tempo. Quanto às prefeituras, entendo ser necessário um movimento de apoio às pequenas prefeituras que são a grande realidade do Brasil. Sem este apoio, incluindo subsídios de federações, vejo o avanço limitado apenas às prefeituras de porte maior. Por fim, o Poder Legislativo. Vejo que o passo possível de ser executado é no tangente à área administrativa, pois na questão política entendo que ainda iremos levar algum tempo de amadurecimento da cultura do Brasil de maneira geral. Mas sou um entusiasta, inclusive compartilhando um projeto inovador com uma assembleia de um importante Estado. Em breve, quem sabe, não teremos notícias boas e promissoras também nesta desafiadora área.


RH.com.br: O senhor gostaria de deixar algum recado para os gestores das empresas públicas, que sentem a necessidade de se desenvolverem?

Rogerio Leme – Meu recado não é apenas para os gestores de empresas públicas que querem se desenvolver, o recado é para todos que querem proporcionar um desenvolvimento de liderança. Cuidado! Não acreditem no tradicional. Apenas sala de aula não resolve. Não adianta absolutamente nada ter um programa de desenvolvimento de liderança que seja apenas encontros de sala de aula. Sala de aula não muda, não transforma as pessoas. Claro que treinamento é importante, mas somente treinamento não resolve. É fundamental criar um ambiente onde sejam colocadas em práticas o aprendizado da sala de aula. É preciso montar um programa que tenha recursos extra sala, como aconselhamento, coach, plano de ação, feedback, enfim, ações que estimulem e que permitam que o participante do treinamento incorpore o novo comportamento. É preciso dar apoio, acompanhar, cuidar não da capacitação, mas do processo de aprendizagem. Muitas vezes é preciso ter o apoio de especialistas para a obtenção de resultados efetivos, afinal, nem sempre “santo de casa” faz milagres. Somente assim acontecerá o processo do desenvolvimento. São esses os cuidados que fazem com que os programas que desenvolvemos gerem resultados efetivos, tendo o reconhecimento do mercado e o retorno acima da média.◼



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Tornar uma consultoria de Recrutamento e Seleção mais produtiva é simples, desde que com a plataforma correta. Saiba como selecionar o sistema ideal!

por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 25/11/2019


▶ É claro que você já sabe que um dos pontos fundamentais para tornar uma consultoria de Recrutamento e Seleção mais produtiva é a contratação de um bom sistema para gestão do processo seletivo. No entanto, existem muitas soluções no mercado e a escolha do melhor recurso pode levar mais tempo do que o previsto.

Por isso, elaboramos um roteiro com algumas das funcionalidades que você deve procurar em uma ferramenta para a gestão do processo seletivo para que a sua consultoria de Recrutamento e Seleção seja mais produtiva do que já é e, claro, mais efetiva no preenchimento das vagas para seus clientes! Essas funcionalidades serão divididas em 2 artigos. Não perca a sequência!


Match de candidatos x empresa e fit cultural

Cada dia mais, as empresas buscam por candidatos que tenham um fit cultural mais ajustado à sua realidade. Isso porque, quanto às competências técnicas, muitos candidatos já as têm para oferecer ao chegar para trabalhar e, por outro lado, as organizações também têm formado internamente muitos dos seus talentos. Portanto, o diferencial do candidato reside nas soft skills e no seu fit cultural. Desenvolver um profissional que chega com gaps nesses pontos é mais complexo; então, quanto mais próximo, melhor é para ambos os lados.

Para otimizar o match de candidatos com a empresa e, enfim proporcionar o melhor fit cultural, o sistema de recrutamento e seleção precisa oferecer alguns recursos, tais como: geolocalização (é possível encontrar candidatos próximos ao local da empresa ou cujo deslocamento seja simples), busca por palavra-chave no currículo do candidato e cadastro de testes, inclusive os comportamentais.

E é claro que é fundamental entender a cultura da empresa contratante, por isso, vale buscar informações: como é a organização empresarial, como funciona a gestão, quais são os diferenciais competitivos, o MVV e assim por diante.


Gestão do processo comercial

O processo seletivo só começa depois que uma vaga é aberta. Para chegar a esse ponto, é necessária uma ação comercial. Por isso, todas as informações que forem identificadas durante as tratativas comerciais devem ser registradas em uma plataforma integrada. A gestão comercial não pode ser administrada em outro local que não seja o mesmo sistema utilizado pela área de recrutamento e seleção. As informações precisam se conversar para que tanto a área comercial quanto a área de seleção sejam mais assertivas em relação ao cliente. O Tweezer.jobs, sistema de recrutamento e seleção da Leme Consultoria, possui um CRM embutido. É possível cadastrar, por exemplo:
– quantidade de colaboradores do cliente e quantos são terceirizados;
– faturamento anual e porte;
– o que produz ou quais serviços presta;
– quem são os contatos;
– histórico ou ocorrências de contato;
– relação de todas as vagas trabalhadas (independentemente do status).


Integração com outros sistemas

Se é para falar sobre como tornar uma consultoria de Recrutamento e Seleção mais produtiva, é fundamental que a plataforma escolhida faça integração com outros sistemas, tais como folha de pagamento ou um ERP. É indispensável que esse processo aconteça para não haver necessidade de retrabalho. Por exemplo, uma consultoria de R&S que trabalha com vagas temporárias têm centenas de processos acontecendo em épocas como essa, de final de ano. É inviável pensar em redigitar os mesmos dados em todos os sistemas utilizados na agência! Por isso, essa é uma das mais importantes funcionalidades para realmente ajudar na otimização do tempo de qualquer empresa.


Assistente virtual para entrevista

Outra solução que tem se tornado fundamental para otimizar o dia a dia da seleção é o assistente virtual, chatbot ou, popularmente conhecido, o “robô” para atender no chat. Nós sabemos que a humanização nos processos de recrutamento e seleção é essencial para um processo bem feito, entretanto, algumas perguntas simples podem ser respondidas antecipadamente por esse assistente. Cada uma das vagas publicadas pela sua consultoria de Recrutamento e Seleção tem um rol de perguntas que o assistente virtual tem condições de responder ao candidato que deseja esclarecer dúvidas antes de se aplicar em um processo. É um enorme facilitador para ambos os lados e ajuda o candidato a ter maior clareza das informações sobre a vaga.


Distribuição de vagas nas redes sociais

Nem é preciso dizer a importância que as redes sociais têm nos processos seletivos. Entretanto, além de ser uma fonte de informações para a seleção identificar alguns pontos sobre os candidatos, essas redes também podem ser utilizadas para divulgar as vagas.

Pelo Tweezer.jobs, sistema de recrutamento e seleção da Leme, esse processo é automatizado. Cadastrou no sistema e quer divulgar as vagas nas redes, é muito simples! Hoje, o Tweezer.jobs tem integração com o LinkedIn, a maior rede de conexão profissional do mundo, Facebook e Twitter. Amplie a fonte de captação de talentos e divulgação de suas vagas com essa funcionalidade.


Redução de papéis

Fazer pesquisa em currículos em papel é um processo que não precisa mais existir na sua empresa. Desde que a Leme começou a desenvolver o Tweezer.jobs, no início dos anos 2000, um dos nossos objetivos sempre foi a eliminação de papel e temos seguido essa premissa com rigor.

Hoje, além de você poder cadastrar currículos recebidos em qualquer formato (por e-mail, via site ou em papel) em um único sistema, o Tweezer.jobs também permite anexar documentos referentes à vaga, ao cliente e outros relacionados ao candidato, como, por exemplo, a ficha de cadastro.

Outra facilidade para otimizar o processo é que o próprio candidato pode fazer upload de seus documentos pessoais em sua página de cadastro. O profissional que deseja se aplicar para uma vaga pode anexar, por exemplo, cópia da CNH para compor sua participação no processo seletivo, sem que a seleção tenha de entrar em contato solicitando esse documento. É rápido, simples e otimiza o tempo.


Preenchimento automático de documentos

Mais uma facilidade que a plataforma eleita para a consultoria de Recrutamento e Seleção deve oferecer é o preenchimento automático de dados em documentos. Requisição de exames, contrato de trabalho, guias médicas, encaminhamentos, formulários para folha, ficha bancária e outros modelos de documentos devem ser integrados com os cadastros do sistema, a fim de serem preenchidos automaticamente, passando apenas por uma revisão de dados antes de serem impressos ou enviados via e-mail. É o fim do retrabalho e dos erros de digitação que podem acometer qualquer profissional.


Se você precisa tornar sua consultoria de Recrutamento e Seleção mais produtiva, essa lista de funcionalidades para encontrar um sistema vai ajudar. E, para otimizar o seu tempo, você pode conhecer melhor o Tweezer.jobs, a plataforma de gestão de processo seletivo da Leme Consultoria. Neste link, além de mais informações, você tem a possibilidade de assistir a uma breve demonstração dessa ferramenta. Não perca essa oportunidade! ◼



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O coaching é a arte de liberar o potencial humano, para que as pessoas possam alcançar as suas metas estratégicas.


por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 11/3/2019

Coaching

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▶ Mesmo aqueles líderes muito bons, que conseguem estimular suas equipes e alcançar bons resultados precisam, continuamente, fazer um exercício de autorreflexão e entender mais profundamente quais são os seus pontos fortes e fracos. Esse balanceamento feito de tempos em tempos fortalece as competências, habilidades e atitudes e impacta em ganhos tanto profissionais quanto pessoais.

CALMA! Esse não é um texto sobre como desenvolver ou se tornar um super-herói por meio do autoconhecimento. Todo mundo tem falhas, inclusive, os próprios super-heróis. Mas, quanto maiores e melhores os resultados sem que haja sacrifícios desmedidos por qualquer uma das partes envolvidas, todos saem vitoriosos. Para isso, o autoconhecimento é valioso: ele aumenta a nossa capacidade de ação.

Mas, de forma clara, fazer esse autodiagnóstico não é lá tão simples. As pessoas podem ser tão cruéis consigo mesmas que não são capazes de reconhecer as suas fortalezas, mesmo que os resultados provem o contrário e outras pessoas insistam em destacar as suas qualidades.

Por outro lado, há também aquelas que não conseguem enxergar onde estão as suas fraquezas, justamente porque os bons resultados estão sempre chegando. Mas, estes resultados não podem ficar encobrindo problemas que, se forem tratados, podem oferecer ganhos ainda maiores.

Seria excelente se todos os líderes fossem capazes de conseguir, por meio da autorreflexão, compreender como as pessoas os enxergam, como veem os seus comportamentos e como suas ações têm impacto tanto em sua própria vida quanto na das pessoas com as quais se relacionam.

Ou, seria muito bom também encontrar algum colega de trabalho disposto a contar a esses líderes, de forma gentil e sincera, quais são os erros e acertos observados, visando sempre ao crescimento dessa outra pessoa.

Mas, de novo: nem esta e nem aquela acontecem com frequência. Por isso, é importante avaliar ferramentas que auxiliam as lideranças a alcançarem o seu melhor. Uma dessas ferramentas é o próprio coaching.

QUAL É O PROPÓSITO DO COACHING

O objetivo do coaching é proporcionar ao líder o acesso a recursos que o ajudarão a conhecer seus pontos fortes e as suas oportunidades de melhorias, tornando-o consciente de suas competências e de como pode utilizá-las para o alcance de suas metas.

Por esses motivos, as empresas buscam o apoio do coaching para que seus profissionais se tornem os melhores líderes que puderem ser a partir do autoconhecimento promovido pelo processo.

Mas sabemos que a vida “pós-horário comercial” também vai passar por mudanças ao longo das sessões. Isso é normal, porque o coaching é a arte de liberar o potencial humano! E, investir essa capacidade liberada em uma só área da vida não faz o menor sentido.

Portanto, o coaching tem como propósito abastecer o coachee de recursos que aprimorem a sua jornada na vida, para que se tornem mais fortalecidos frente aos desafios pessoais e profissionais. E isso se dá com base em 3 importantes pilares:
aprendizado = sucesso pessoal;
metas e resultados = sucesso profissional;
valor compartilhado = relações sustentáveis em toda a sua cadeia de valor.

COMO É REALIZADO O PROCESSO DE COACHING

Diferentemente do mentoring, em que um dos objetivos é acelerar a aprendizagem dos profissionais por meio do compartilhamento de experiências, estímulo e influência, o coaching propõe que o profissional faça uma autoinvestigação e uma autorreflexão para alcançar a autoconsciência e possa lidar com a sua evolução. Não há exemplos ou histórias contadas no processo de coaching, mas o incentivo do coach para que o coachee extraia o melhor de si.

Para isso, o coach faz uso de ferramentas para que o coachee possa construir o seu plano de melhoria profissional. Algumas das técnicas aplicadas no processo são:
– feedback realista;
– planos de ação e de contingência desenvolvidos pelo próprio coachee;
– apoio do coach na busca por novas soluções.

Essas técnicas caminham alinhadas a temas importantes, para que o líder em desenvolvimento se conecte à sua autoconsciência, tais como:
– a compreensão dos mecanismos da automotivação;
– a importância da congruência entre a imagem pessoal vendida e comprada;
– clarificação dos valores pessoais e organizacionais;
– quais os estilos de resposta ao estresse;
– como lidar com obstáculos, entendimento dos modelos mentais e desenvolvimento do quociente para lidar com adversidades.

QUAIS OS RESULTADOS OBTIDOS COM O COACHING

Já está consolidado que o coaching é um recurso indispensável para líderes alcançarem a autoconsciência e fazerem o melhor uso das informações às quais, agora, têm acesso, em prol de resultados positivos para si mesmos e para a organização.

Mas, a partir desse processo, outros elementos vão se desdobrando e os resultados extrapolam essa evolução que, aparentemente, poderia ser “exclusiva” do profissional que foi submetido ao coaching. É possível observar, por exemplo, esses líderes desenvolvendo novos líderes.

A melhoria no relacionamento com pares, líderes e subordinados é outro efeito notado, afinal, o coachee tem ciência das suas competências e vai poder utilizá-las ao máximo para tratar com outras pessoas da melhor forma possível.

A possibilidade de exercitar a criatividade na busca por novas soluções, inclusive para resolver problemas do dia a dia ou auxiliar os demais profissionais é outro acerto que o processo de coaching promove.

A lista de resultados positivos é muito maior do que essa e, por isso, o coaching é um processo tão popular. E, por ser popular, muitos profissionais se aproveitam da situação para oferecer seus serviços de coaching, mesmo sem domínio do assunto. Cuidado! Estamos falando de transformar a vida das pessoas e, por isso, elas não podem ser submetidas a charlatões. Não deixe o investimento falar mais alto.

Vale lembrar que o coaching é um processo que também pode ser aplicado a profissionais de outros níveis hierárquicos, não apenas aos líderes. Se quiser conhecer as soluções que a Leme oferece em Executive Coaching E Coaching em Equipe, veja mais clicando aqui. ◼


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