Como é bom dizer para os colegas “Sextou, pessoal!”. Mas, quando o início da noite do domingo chega aquela empolgação da sexta-feira já não está mais na voz do indivíduo e quando amanhece, nas primeiras horas do dia, a pessoa logo fala: “Aff, não falem comigo. Hoje é a segundona”. Diga-se de passagem, esse estado emocional não está relacionado obrigatoriamente à preguiça, mas sim a sentimentos de pressão e de estresse que começam a se manifestar. A situação descrita pode até parecer engraçada, mas é vivenciada por inúmeros profissionais e até já tem nome: “Síndrome do Domingo”.
Um artigo divulgado no site da American Psychological Association destacou que o domingo é considerado o dia mais infeliz da semana. Isso porque os profissionais costumam apresentar sintomas no campo físico e emocional que estimulam sensações de ansiedade, angústia e insatisfação. Rapidamente, o organismo responde e passa a apresentar sintomas como enxaqueca, cansaço, aperto no peito, taquicardia, dores musculares e até procrastinação. Todo este quadro surge devido ao cérebro emite uma espécie de sinal de atenção, lembrando que a segunda-feira é dia de recomeçar uma jornada nem sempre agradável.
Caso, você ainda acredite que a Síndrome do Domingo é uma espécie de “capricho” e que tudo o que foi descrito anteriormente é puro blá blá blá, saiba que um estudo realizado por especialistas do Belfast Health and Social Care Trust e do Royal College of Surgeons, analisaram informações coletadas com mais de 10 mil pacientes, na Irlanda.
As pessoas ouvidas pela pesquisa foram internadas no período compreendido entre os anos de 2013 a 2018, em decorrência de infartos do tipo mais grave, onde uma artéria coronária é totalmente obstruída. Para surpresa dos estudiosos, os infartos tinham mais incidência às segundas-feiras, onde o retorno às atividades laborais aumentavam os níveis de estresse e de ansiedade nos indivíduos.
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