Prefácio, por Romeu Huczok
Foi com honra e prazer que aceitei o convite para prefaciar esta obra de Rogerio Leme, amigo e parceiro recente que passei a admirar, pelos valores humanos em que nos afinizamos e pela capacidade de realização. É um profissional que não tem em sua história a origem em RH, como a maioria dos autores dessa área, mas que veio a ser de RH, trazendo uma contribuição muito grande. Isto lhe trouxe uma vantagem, pois sabemos que a nossa área tem dificuldades em ser objetiva, prática, voltada para resultados. |
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Gestão por Competências é um assunto muito novo no Brasil – tem cerca de 10 anos. Temos pouca literatura e cases. O conceito de CHA vem sendo utilizado há muitos anos, mas a ênfase dada pelas empresas tem sido a conhecimentos e habilidades. Hoje, se sabe que a atitude é responsável por 50% ou mais dos resultados. E que só treinamento não resolve mais do que 30% das necessidades de desenvolvimento de competências.
Exatamente pela forma simples de escrever e visão prática, Rogerio ajudou a eliminar vícios e quebrou paradigmas nos trabalhos sobre competências. O primeiro foi inverter a forma de se fazer mapeamento, com a técnica do inventário comportamental – em vez de escrever frases bonitas e elaboradas, – primeiro o indicador, depois a competência, tirando o subjetivismo na hora de avaliar. O segundo foi, com o mesmo método, (gosto/não gosto/o ideal seria) conseguir fazer uma análise crítica de processos de forma sutil, simples, rápida, utilizando a linguagem conhecida pela empresa. Para se ter uma idéia da importância disto, já vimos empresa de porte, pioneira na implantação de processos de competências conduzidos por grandes consultorias, contratando lingüistas para traduzir as frases do português para o português, para que os avaliadores possam entender… O terceiro foram as escalas e fórmulas para tornar objetivo algo que é subjetivo. Surpreende-nos com as soluções criativas que encontra como, por exemplo, a “sala de coleta”. Ou avaliar uma competência de todo um grupo de colaboradores de uma só vez, ganhando um tempo tão precioso dos gestores que nem sempre têm prazer em realizar uma atividade deste tipo. E agora, mais uma vez, com uma obra que simplifica a linguagem da difícil tarefa ou arte de dar e receber feedback, com exemplos e analogias, focando em resultado. Realmente estava faltando algo parecido. Boa leitura. Romeu Huczok |
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