Por Saulo Coelho

Consultores importantes como Márcia Venturini, do Mato Grosso, alegam que sua história no segmento de RH se divide em duas partes: antes e depois da entrada em seus negócios da ÂncoraRH, empresa gerida pelo renomado consultor e escritor paulista Rogério Leme. “Eles organizam tudo para nós e tornam os processos bem mais eficientes”, diz Márcia.

Formado em tecnologia digital, Rogério Leme atua em RH desde 1992. Iniciou com recrutamento e seleção de pessoal por competências e depois partiu para treinamento e desenvolvimento. Desenvolveu a metodologia do inventário comportamental para mapeamento de competências, que resultou no seu primeiro livro, ‘Aplicação prática de gestão de pessoas com foco em competência’, e agora lança seu segundo livro, ‘Avaliação de desempenho com foco em competências’, que aborda a base para a remuneração por competências. Durante o 32º Congresso Nacional de Gestão de Pessoas – ConaRH – em São Paulo, Leme falou à ABRH-SE sobre seus conceitos e as tendências do RH mundial.

ABRH-SE: Fale um pouco sobre as suas áreas de atuação em RH.

Rogerio Leme: Atuamos em três tipos de negócios: consultoria, recrutamento e seleção de mão de obra efetiva e temporária, com cerca de 180 clientes em 18 estados do Brasil; atuamos com empresas no mercado corporativo nos sistemas de recrutamento e seleção, além de mapeamento e avaliação com foco em competências. Neste último segmento, lidamos com empresas mais pontuais como TRW e Grupo Cometa.

ABRH-SE: Em relação à natureza dos seus produtos, quais suas principais crenças e como seus serviços beneficiam seus clientes?

RL: Acredito que atuando na linha de gestão por competências podemos chegar mais próximos de uma comprovação matemática, mais exata dos fatos. Sigo uma linha contrária ao método tradicional de mapeamento de competências, que parte de processos subjetivos. Esse inventário comportamental trabalha com indicadores de competências que, ao invés de tratarem de uma forma generalista, vão exatamente ao ponto das necessidades de treinamento e nos norteiam sobre que aspecto deve ser melhorado. Isso faz com que o plano de ação para as empresas seja bem mais específico e personalizado. Acredito nas ações que tratam das causas dos problemas e não meramente dos sintomas. Não podemos apenas tomar um analgésico quando temos dor de cabeça. Devemos tratar o nosso fígado, pois a causa da dor deve estar lá. Esse detalhe é fundamental para as empresas hoje. Elas estão cansadas de abordagens generalistas, que não atentam para suas peculiaridades e seus detalhes. Nós fornecemos detalhadamente indicadores precisos às empresas, pois a vida toda é mensurada através deles, desde a compra de um imóvel até a saúde de uma pessoa.

ABRH-SE: O ConaRH é um grandioso evento em que se discutem os rumos do RH no Brasil, na América Latina e no Mundo. Que projeções você faz para o setor?

RL: O RH terá de deixar de ter uma atuação com ‘óculos cor-de-rosa’, porque quando se fala em RH no Brasil, há uma visão muito polianesca , em que se costuma dizer: “Vamos nos unir para abraçarmos a árvore”. Mas isso está chegando ao fim. Apesar de isso ainda ser uma forte tendência, já se pensa no fato de ser crucial ter um RH completamente alinhado à estratégia da empresa. Quando se fala em RH estratégico, é fundamental se delinear precisamente qual a estratégia da empresa. O mercado necessita muito de profissionais que conheçam estratégia. Se voltarmos ao início dos anos 90, tínhamos uma inflação alta, e todo mundo sabia onde investir, e as escolas acabaram esquecendo de preparar profissionais em pensamento estratégico. Essa matéria está voltando aos currículos há pouco tempo. Resultados efetivos para as empresas só chegam com alinhamento à estratégia. Precisamos deixar de ver a gestão por competências a partir da visão limitante do CHA (Conhecimento; Habilidade; Atitude). O desempenho vai além desse tripé. É necessário quantificar o que o colaborador efetivamente entrega para a organização.

ABRH-SE: Você um palestrante muito requisitado e de agenda lotada, mas há a possibilidade de uma visita a Sergipe ainda em 2006?

RL: Estamos conversando com a Sandra Coelho (Presidente da ABRH-SE) para que possamos ir a Sergipe muito em breve a fim de compartilharmos esses conhecimentos. A ABRH-SE deve fazer um trabalho de sensibilização junto às organizações para esses novos conceitos, e a partir daí poderemos seguir um longo caminho sem volta rumo à excelência. Estamos definitivamente expandindo nossas ações no Nordeste, que é uma região muito competitiva e que necessita de ações nessa área.

Fonte: ABRH-SE

link: http://www.abrhse.com.br/abreconteudo_entrevista.php?d=7199


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