ENTREVISTA ESPECIAL

Psicólogo fala sobre competência profissional

Proveniente de São Paulo/SP, o psicólogo comportamental Euclides Evangelista Júnior realiza, desde o mês de maio, entrevistas individuais com servidores que desempenham cargos de direção nas Varas do Trabalho de Belém e nas unidades administrativas do Tribunal. Este trabalho dá continuidade à avaliação de competência técnica dos gestores da 8ª Região. O conhecimento do perfil profissional é fundamental para implantar o modelo de gestão de pessoas por competência na 8ª Região, base da Política de Desenvolvimento de Recursos Humanos do TRT8, que começou a vigorar em março de 2009.

JT8 – No que consiste esse trabalho de identificação das competências técnicas que o senhor está realizando?
Euclides – O trabalho consiste não somente na identificação de competências técnicas (conhecimento e habilidades) que os servidores precisam desenvolver, mas na atualização e validação das descrições de funções, contidas no Regulamento do Tribunal, com a finalidade de tornarmos mais claras as expectativas e reais necessidades da Instituição em relação à cada um de seus servidores. Com isso, teremos um instrumento de Gestão de Pessoas totalmente alinhado à Política de Desenvolvimento de Recursos Humanos e ao Planejamento Estratégico do Tribunal que servirá, principalmente, como base de alinhamento entre a Instituição e seus servidores.

JT8 – Quais as etapas (metodologia)?
Euclides – Em linhas gerais, a primeira etapa consistiu em identificar quais as competências (comportamentais e técnicas) que serão exigidas dos servidores no desempenho de suas funções. A segunda etapa, já iniciada, objetiva identificar as competências técnicas e revitalizar as Descrições de Função, onde estão sendo identificadas e validadas as atribuições de cada gestor, de forma alinhada ao Planejamento Estratégico. A terceira etapa, por sua vez, será a identificação de tais competências nos servidores, com o objetivo de reconhecer possíveis necessidades de desenvolvimento. Em seguida, virá a etapa do Empenho (base para a Gestão do Desempenho), que consiste no momento do “Dar” e “Receber” Feedbacks para que os alinhamentos sejam realizados e o desempenho possa ser medido.

JT8 – Qual a diferença entre competência comportamental e técnica?
Euclides – Quando se fala em competências a primeira coisa que se vem à mente é o famoso CHA (Conhecimentos, Habilidade e Atitudes). A Gestão por Competências tem como objetivo alinhar estes 03 pólos que cada profissional possui com o intuito de obter o seu melhor, de forma alinhada às estratégias e aos objetivos da instituição. Diante deste cenário, entendemos que Competências Técnicas são compreendidas pela junção do C (Conhecimentos) e do H (Habilidades) e se traduzem em tudo aquilo que um profissional deve conhecer/dominar para desempenhar o seu papel. Por outro lado, as competências comportamentais se traduzem no A (Atitudes), que são os comportamentos observáveis propriamente ditos, o diferencial estratégico de cada servidor. Em outras palavras, competências comportamentais traduzem tudo aquilo que demonstramos em nosso dia a dia e que molda a percepção que nossos colegas têm sobre nós. Somando-se as três partes temos como resultado um indivíduo competente em sua plenitude, pois não basta termos conhecimentos e habilidades específicas se quando somos submetidos à uma situação que requer tais quesitos, não temos a atitude necessária para colocá-los em prática, e vice-versa.

JT8 – Qual a importância dessas competências para a gestão?
Euclides – A mensuração, o alinhamento e o acompanhamento das competências são de importância vital não somente para o dia a dia dos servidores, bem como das rotinas, atividades do Tribunal, mas também para o atingimento de forma coletiva e participativa da Visão do Tribunal, que é "Ser reconhecido como um dos melhores Tribunais para se trabalhar e de melhores resultados". A Gestão por Competências será uma importante ferramenta que líderes e liderados terão em mãos para garantir que tal Visão seja atingida.

JT8 – Como você avalia essa iniciativa de desenvolver um modelo de gestão por competência em um órgão público?
Euclides – É uma iniciativa importantíssima e que já está sendo seguida por outros órgãos. O modelo de gestão de pessoas com foco em competências hoje não é apenas uma realidade na iniciativa privada, o que é excelente para as instituições públicas. Desta forma traz-se à tona o quanto o Tribunal e outros órgãos estão buscando novos modelos e práticas de gestão, com base em boas práticas do mercado corporativo e principalmente modelos que agreguem valor aos seus profissionais, de modo a otimizar recursos e resultados, bem como valorizar os talentos.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.


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