Recentemente, assisti a uma reportagem na qual dois rapazes com aparentes limitações demonstraram que estas eram somente aparentes. Ambos nasceram com doenças raras e degenerativas, o que alguns poderiam ter enxergado como grandes limitações para se alcançar sonhos, e eles demonstraram o contrário, encararando-as como mais uma barreira a ser superada.

Hoje, eles estão formados, sendo um em psicologia e outro em jornalismo. Eles são diferentes de muitas pessoas que conhecemos? Sim! Não pelo motivo que se possa imaginar, mas sim porque possuem constância de propósito. Para cada barreira que encontram, enxergam oportunidades e sentem-se cada vez mais felizes com as realizações.

Em quantas reuniões, análises, planejamentos de que participei e participo, pude notar que, alguns gestores, em vez de entender o que realmente está acontecendo e propor opções e ações, se mantêm na defensiva, julgando, explicando ou justificando, palavras estas que não combinam com profissionais de alta performance.

Em um passado não muito distante, a frase utilizada para justificar qualquer coisa era: “Fazemos assim há muito tempo e continuamos fazendo”. Enquanto os gestores realmente diferenciados, investiam e – pasmem – ainda investem um esforço tremendo para mudar o modelo mental das equipes.

Ultimamente, tenho ouvido frases mais sofisticadas, mas que doem da mesma forma os nossos ouvidos: “Me falaram para fazer assim” ou “Fiz assim porque achava que era melhor”. Só por “achar”, ele já estaria equivocado. Ambas as frases, sem análise, embasamento ou preparação, caem na vala comum da justificativa.

O que as empresas buscam são pessoas diferentes, que modifiquem o status quo de forma duradoura, pessoas que não tragam consigo crenças limitantes, que possam enxergar além, que consigam se movimentar e movimentar as pessoas ao seu redor, indo ao encontro dos resultados almejados pela organização.

Por diversas vezes, deparamos com pessoas e equipes que, mesmo inconscientemente, fazem a mesma coisa para obter resultados diferentes. Escrevem planos de ação com atividades que já realizam (claro que, se estas ações forem no sentido de mudança ou aprimoramento, concordo, mas se forem apenas para registrar o que não vai gerar resultados, acredito que não será o caminho).

Portanto, empreendedor, vale entender o que você poderia fazer de diferente para buscar novos limites. O que é necessário para subir a sua régua? Como pensar diferente, agir diferente e conquistar melhores resultados?

Lembre-se de que você consegue gerir aquilo que está sob o seu controle e, o que não está sob o seu controle, ao menos consegue influenciar positivamente. Pergunte-se, portanto: qual é o seu limite?

Eduardo Bezerra é CEO da Exection. Possui mais de 15 anos de experiência em consultoria em gestão empresarial.

Fonte: Endeavor

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