Marcia Vespa apresenta a relação entre Liderança e Cultura organizacional

lidercoach_marciavespa

por Marcia Vespa | 8/10/2017


Marcia Vespa ▶ Discutirei neste artigo um poderoso fator de coordenação que impacta na gestão dos ativos de uma empresa: a Cultura Organizacional. Para inspirar as ideias que vou apresentar neste artigo, aproveitei uma afirmação do guru Peter Drucker. Segundo ele, a Cultura Organizacional pode acabar com qualquer estratégia. Deu para sentir o impacto do que foi dito e de como o fator “Cultura” possui influência direta na vida ou mesmo na extinção de uma empresa?
Pois bem, reflitamos: por que a Cultura Organizacional possui tanta relevância no campo corporativo?

Primeiro: porque é através dela que se identifica o DNA da empresa.
Segundo: observamos a forma como a Cultura se posiciona sobre determinados assuntos.
Terceiro: notamos sua influência direta em relação aos Valores, à Visão e à Missão que dão sustentação à gestão de uma instituição seja esta privada ou pública.

Outro ponto a ser considerado: a Cultura é a vantagem competitiva mais importante de uma empresa, uma vez que a partir dela são determinadas as diretrizes que fazem as pessoas irem para “direita” ou para a “esquerda”, gerando a alta performance ou mesmo a queda de desempenho dos talentos, mesmo aqueles considerados mais promissores.
Afinal, por que pode acontecer essa balança de resultados positivos ou negativos a partir da Cultura?
A Cultura Organizacional exerce impacto direto na motivação, no engajamento e na entrega dos colaboradores. Isso mesmo! Por essa razão é que ouvimos falar tanto sobre Culturas Vencedoras – que surgem a partir do momento em que existe a presença de uma estrutura estabelecida e que alcança todos os níveis hierárquicos, sendo transmitida através de uma linguagem acessível àqueles que a recebem.

CULTURA DESMISTIFICADA
Quando você fala sobre Cultura Organizacional é preciso ter em mente que esta não surge por acaso, tampouco é fruto da vontade de um único indivíduo. Ela se desenvolve a partir da visão de negócios da alta direção e das práticas que são adotadas para gerir os procedimentos organizacionais. Consequentemente, torna-se um processo de aprendizado que passa a ser compartilhado por aqueles que integram a empresa.
E tem mais: é importante salientarmos que as Culturas que servem de base para uma gestão competitiva nunca, em tempo algum, se sustentarão a partir de uma gestão imposta, que valorize crenças absolutistas ou que abrace aquele velho jargão “Isso sempre foi feito assim, não precisa ser mudado”. Em outras palavras: em uma empresa onde não há espaço para os Processos de Mudanças, inexistirá uma gestão competitiva porque não se pode impor uma vontade “soberana” para as pessoas, já que essas pensam e têm capacidade para gerar melhorias a partir do que é novo e desafiador.

OS DISSEMINADORES DA CULTURA
Justamente por ser tão provocante é que a Cultura precisa ter à frente alguém que consiga mantê-la viva, disseminá-la a todos que integram o capital intelectual de uma corporação. Estou falando do líder. Mais uma vez a liderança entra em ação como agente protagonista da história.
Cabe aqui uma ressalva: os líderes são responsáveis tanto pelo desenvolvimento quanto pela disseminação da Cultura. Logicamente, a liderança pode e deve receber o respaldo necessário da área de Recursos Humanos para realizar seu trabalho. Porém, é o líder que vai ”encarar” o desafio de ser o agente disseminador da Cultura. Isso porque, além de encontrar-se na posição de porta-voz oficial da alta direção, a liderança conhece as aspirações dos liderados, bem como as lacunas existentes, para que esses profissionais consigam assimilar corretamente a essência da Cultura e colocá-la em prática, em cada uma das atividades laborais diárias.
A proximidade entre a liderança e a Cultura é expressiva, porque é o líder quem desenha o percurso de qualquer processo de mudanças. E a Cultura não é estática. Ou seja, quando ele transmite bem o que precisa chegar à equipe, a tendência é que a empresa obtenha êxito no que foi estabelecido. Do contrário, o caos poderá se instalar e os profissionais passarão a atuar de maneira desordenada, caminhando em divergência aos objetivos que precisam ser conquistados.
Depois de ler este artigo convido você, leitor, a pensar como está a Cultura da sua empresa e o que pode ser feito para que seja fortalecida. Boa sorte e conte conosco. ■



Licença Creative CommonsEste artigo está licenciado pela Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Permitida a reprodução do artigo desde que citada a fonte e/ou link. Contate-nos para autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em https://www.lemeconsultoria.com.br/faleconosco/.

 

► Veja mais sobre os projetos de Gestão e Pesquisa de Clima Organizacional para organizações públicas e privadas da Leme Consultoria

► Conheça os projetos de Educação Corporativa Leme Consultoria: capacitações, treinamentos e programas de desenvolvimento de Líderes e equipes

► Acesse nossa Agenda de Treinamentos Abertos


🔽 COMPARTILHE 🔽

Marcia Vespa apresenta os conceitos de Líder-Coach e mostra porque tornar-se um pode ser a escolha mais importante da sua carreira.

lidercoach_marciavespa

por Marcia Vespa | 8/9/2017


Marcia Vespa ▶ Muito se fala sobre o processo de coaching, mas o que poucos sabem é que sua origem começou há muito tempo e nem sempre se apresentou no formato que vemos no atual campo corporativo. Para você ter uma ideia, a palavra Coaching, que traduzida do inglês significa “treinamento”, foi usada pela primeira vez na cidade de Kócs, na Hungria, para designar as carruagens da época. Mas somente em 1830 o termo Coach foi usado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, como sinônimo de “tutor particular”, ou seja, aquele que preparava os estudantes para as provas.

Do século 19 para cá, muita coisa mudou. A prática do Coaching – como a concebemos na atualidade – começou a ganhar espaço quando as empresas tomaram uma postura diferenciada e compreenderam a relevância das pessoas para os resultados do negócio. Deu-se, então, uma grande guinada nas instituições: as máquinas, que eram consideradas o bem mais valioso das organizações, perderam espaço. Das cinzas, como uma Fênix, a valorização do capital humano passou alçar voo. Ufa! Que alívio!
Outras mudanças acompanharam a humanidade. Uma delas foi a Globalização – que veio para quebrar barreiras culturais e tecnológicas, aumentando o grau de concorrência tanto para as empresas quanto para o próprio ser humano em sua individualidade. Resultado: tornou-se imprescindível, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, reconhecer que o investimento contínuo no desenvolvimento de competências havia se tornado um fator de sobrevivência para tudo e para todos.

LÍDERES EM DESTAQUE – Por que estamos falando sobre isso? Porque isso impactou na forma de gerir as pessoas dentro das empresas, e fez com que somente os líderes mais eficazes conseguissem destaque no mercado. Já os gestores que não acompanharam as mudanças tornaram-se um “peso”, um verdadeiro fardo para as companhias e perderam seus espaços. Os líderes que sobressaíram, por outro lado, viram-se diante da necessidade de adotar uma postura diferenciada: mais do que chefes democráticos, passaram a ser agentes mobilizadores, preocupando-se em formar novos líderes e focando-se no crescimento de cada membro do seu time.

SURGE O LÍDER-COACH – É nesse momento que nasce o personagem do Líder-Coach. O próprio Jack Welch, ex-CEO da General Electric e uma das lideranças mais admiradas do mundo, chegou a comentar sobre a importância dos líderes corporativos apresentarem um diferencial competitivo.

Ele afirmou: “No futuro todos os líderes serão coaches. Quem não desenvolver essa habilidade, automaticamente será descartado pelo mercado”.

Esse alerta, vindo de alguém tão expressivo não pode passar despercebido. Mas, como esse Líder-Coach comporta-se no dia a dia? Em sua essência, o Líder-Coach surgiu para liberar o potencial humano através do método investigativo, utilizado no Processo de Coaching. Na prática, sabemos que o Coaching sempre está voltado à ação e, por isso, tira o indivíduo da zona de conforto. O coach trabalha focando-se no presente para o futuro, estimulando o desenvolvimento de competências por meio de ferramentas e conhecimentos, até que o coachee (quem recebe o Coaching) esteja aberto para a expansão e atinja suas metas. E o Coaching vai mais além: permite que o indivíduo descubra suas potencialidades e, ao mesmo tempo, identifique suas fragilidades, valendo-se sempre do Feedback para que o processo tenha êxito e não se torne uma frustração do amanhã. É dessa forma que o Líder-Coach atua: respeitando as individualidades dos liderados e direcionando ações para que o potencial humano flua dia a dia, em um processo natural e nunca de maneira forçosa. Para realizar seu trabalho, o Líder-Coach não pode abrir mão do Feedback. Afinal, por meio desse recurso ele consegue motivar os liderados, apresentando os pontos fortes e as competências que precisam ser trabalhadas, a fim de que seja alcançada a alta performance.

Diante da Tomada de Decisão, o Líder-Coach não se intimida. Pelo contrário, ele toma uma postura assertiva, sem deixar abalar-se por fatores estressantes que venham a comprometer sua postura. Quando sente dificuldade diante de uma situação, sabe ouvir aqueles que estão ao seu lado para que seu posicionamento tenha ainda mais respaldo.

UM VISIONÁRIO – Na perspectiva visionária, o Líder-Coach também trabalha para fortalecer os relacionamentos entre os colaboradores que integram seu time. Nesse sentido, ele estimula o respeito entre as pessoas, elevando a consciência do espírito de equipe, fazendo com que todos trabalhem de forma convergente e atinjam não apenas os objetivos corporativos, mas se sintam parte valiosa do universo em que estão inseridos. Quando as pessoas passam a ter o sentimento de pertencimento e de valorização em relação ao negócio, os resultados são benéficos para todas as partes.

Agora que você está mais familiarizado com o conceito de Líder-Coach, o que me diz em se tornar um?
Talvez seja a escolha mais importante da sua vida, quando realmente entender o impacto de agir em comunhão com um propósito no mundo.
Quer saber qual o primeiro passo para esse desafio? Em breve contarei um pouco mais. ■


Licença Creative CommonsEste artigo está licenciado pela Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Permitida a reprodução do artigo desde que citada a fonte e/ou link. Contate-nos para autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em https://www.lemeconsultoria.com.br/faleconosco/.

 




🔽 COMPARTILHE 🔽

TRT5

TRT-5  |  Módulos de construção e validação do PDI


Apresentação: Renan Sinachi
 

Módulo 1

 

Módulo 2

 

Módulo 3

 

Módulo 4

 

 
Contate-nos em caso de dúvidas:
Fone: (11) 4401-1807 / ramal: 211
patriciapaixao@lemeconsultoria.com.br
 

Liderança 16h - com Marcia Vespa

Local: Curitiba – PR

Carga Horária: 16 horas

  Data:
  19 e 20 de maio de 2016
Público-alvo:
Profissionais que almejam ou já sejam atuantes em cargos de liderança no setor público e privado, responsáveis por levar pessoas e organizações ao alcance de resultados.
Facilitadora:
Marcia Vespa

Objetivo

Implantar rapidamente, de forma sistematizada e consistente, uma nova mentalidade nos profissionais em posição de liderança, para que incorporem técnicas e ferramentas para lidar com as equipes da Era do Conhecimento e desenvolvam as competências essenciais das lideranças, a fim de proporcionar melhores níveis de desempenho.


Cenário

Não importa o tamanho da sua organização, nós temos a solução para você.

O mundo vive uma escassez de líderes. Em tempos de constantes mudanças e desafios torna-se essencial que as organizações desenvolvam seus gestores, a fim de alcançarem resultados superiores e aumentarem o nível de engajamento das equipes. Diante das urgências diárias e da velocidade demandada pelo mercado, como alcançar níveis aceitáveis de capacitação no mais curto prazo possível?

Agora você não precisa ter 20 gestores para desenvolvê-los na melhor empresa de treinamento de líderes do mercado. A Leme Consultoria apresenta seu novo método de desenvolvimento no formato de treinamento aberto, de curta duração e sem necessidade de local próprio ou número mínimo de inscritos por empresa. Em apenas dois dias você tem acesso à versão light do melhor conteúdo de treinamento aberto de lideranças do mercado, consolidado pela ampla experiência da Leme em seus 20 anos de atendimento aos setores públicos e privados.

Os atuais e futuros líderes terão acesso rápido aos conteúdos, técnicas e ferramentas essenciais para o exercício da Gestão para Resultados. Com a propriedade de quem já desenvolveu milhares de líderes em todos os níveis, nossa capacitação é totalmente voltada à prática diária. O treinamento pretende sensibilizar o líder para o impacto de suas ações na vida dos colaboradores e pares, na adoção de práticas de gestão que compatibilizem resultados organizacionais com a arte da gestão de pessoas.

Por que a Leme?

O ramo educacional da Leme Consultoria foi premiado pelo prestigiado Tof Of Mind de RH 2015 como uma das cinco empresas mais lembradas pelo mercado nacional, na categoria Treinamento e Desenvolvimento. Em suas décadas dedicadas a desenvolver pessoas, a Leme teve a oportunidade de qualificar milhares de profissionais – e isto não é só “modo de dizer”. Alie à visão prática e objetiva, cujo foco otimiza aquilo que é crucialmente importante para o exercício da atividade almejada, e você terá um dos treinamentos mais ágeis e robustos do mercado, consolidado pela experiência de quem lida diariamente com empresas públicas e privadas e sabe o que a alta administração das organizações espera de você.
Quer mais?

Clique e conheça os Resultados de Liderança

▼ Benefícios

• O líder forma novos líderes
• Melhoria no clima organizacional e no engajamento
• Redução do índice de absentismo e Retenção de talentos
• Desenvolvimento da mentalidade cliente X fornecedor interno
• Alinhamento das expectativas pessoais às organizacionais
• Melhoria nas respostas às exigências do mercado






 

Facilitadora do treinamento:



VALOR DO CURSO DE 16 HORAS COM CERTIFICADO:
Apenas R$ 1.100,00

Inclusos: Material didático e coffee break.

Dúvidas? Escreva-nos (clique aqui)

Liderança 16h - com Marcia Vespa

Local: Goiânia – GO

Carga Horária: 16 horas

  Data:
  18 e 19 de outubro de 2016
Público-alvo:
Profissionais que almejam ou já sejam atuantes em cargos de liderança no setor público ou privado, responsáveis por levar pessoas e organizações ao alcance de resultados.
Facilitadora:
Marcia Vespa



logo Apoio

Local: APOIO Consultoria de Negócios – Rua 86, 377, Setor Sul – Goiânia/ GO


Objetivo

Implantar rapidamente, de forma sistematizada e consistente, uma nova mentalidade nos profissionais em posição de liderança, para que incorporem técnicas e ferramentas para lidar com as equipes da Era do Conhecimento e desenvolvam as competências essenciais das lideranças, a fim de proporcionar melhores níveis de desempenho.


Cenário

Não importa o tamanho da sua organização, nós temos a solução para você.

O mundo vive uma escassez de líderes. Em tempos de constantes mudanças e desafios torna-se essencial que as organizações desenvolvam seus gestores, a fim de alcançarem resultados superiores e aumentarem o nível de engajamento das equipes. Diante das urgências diárias e da velocidade demandada pelo mercado, como alcançar níveis aceitáveis de capacitação no mais curto prazo possível?

Agora você não precisa ter 20 gestores para desenvolvê-los na melhor empresa de treinamento de líderes do mercado. A Leme Consultoria apresenta seu novo método de desenvolvimento no formato de treinamento aberto, de curta duração e sem necessidade de local próprio ou número mínimo de inscritos por empresa. Em apenas dois dias você tem acesso à versão light do melhor conteúdo de treinamento aberto de lideranças do mercado, consolidado pela ampla experiência da Leme em seus 20 anos de atendimento aos setores públicos e privados.

Os atuais e futuros líderes terão acesso rápido aos conteúdos, técnicas e ferramentas essenciais para o exercício da Gestão para Resultados. Com a propriedade de quem já desenvolveu milhares de líderes em todos os níveis, nossa capacitação é totalmente voltada à prática diária. O treinamento pretende sensibilizar o líder para o impacto de suas ações na vida dos colaboradores e pares, na adoção de práticas de gestão que compatibilizem resultados organizacionais com a arte da gestão de pessoas.

Por que a Leme?

O ramo educacional da Leme Consultoria foi premiado pelo prestigiado Tof Of Mind de RH 2015 como uma das cinco empresas mais lembradas pelo mercado nacional, na categoria Treinamento e Desenvolvimento. Em suas décadas dedicadas a desenvolver pessoas, a Leme teve a oportunidade de qualificar milhares de profissionais – e isto não é só “modo de dizer”. Alie à visão prática e objetiva, cujo foco otimiza aquilo que é crucialmente importante para o exercício da atividade almejada, e você terá um dos treinamentos mais ágeis e robustos do mercado, consolidado pela experiência de quem lida diariamente com empresas públicas e privadas e sabe o que a alta administração das organizações espera de você.
Quer mais?

Clique e conheça os Resultados de Liderança

▼ Benefícios

• O líder forma novos líderes
• Melhoria no clima organizacional e no engajamento
• Redução do índice de absentismo e Retenção de talentos
• Desenvolvimento da mentalidade cliente X fornecedor interno
• Alinhamento das expectativas pessoais às organizacionais
• Melhoria nas respostas às exigências do mercado






 

Facilitadora do treinamento:



VALOR DO CURSO DE 16 HORAS COM CERTIFICADO:
Apenas R$ 1.100,00

Inclusos: Material didático e coffee break.

Dúvidas? Escreva-nos (clique aqui)

A Gestão por Competências como base para a formação de Líderes mais atuantes

por Euclides Braga Junior | 15/6/2015


Gestão por Competências

Euclides B. Junior▶ Não é de hoje que estes dois temas são recorrentes nas conversas entre gestores e profissionais de RH, tanto em instituições públicas quanto em empresas privadas. Outra questão bastante conhecida está relacionada aos níveis de insatisfação dos colaboradores e servidores nos quesitos “liderança” e “comunicação”. A falta destas engrenagens têm sido um problema constante em instituições de natureza, portes e segmentos distintos.

Tenho vivenciado situações diversas em empresas por todo o país e, na maioria absoluta dos cenários, as queixas são muito semelhantes: gestores não absorvem (e tampouco repassam) as diretrizes e a cultura estratégica almejada; gestores atuando como executores; liderados atuando sem um rumo definido e sem um alinhamento estratégico para suas ações. Enfim, temos um verdadeiro abismo entre a alta administração e sua base operacional.

Diante deste imbróglio, não podemos apenas atribuir a responsabilidade do caos aos gestores. Cabe a eles, sim, propiciar um ambiente que impulsione a mudança. No entanto (e por incrível que pareça), muito desta problemática ocorre por conta do processo educacional nacional. Ao contrário dos modelos europeu e americano, por exemplo, não fomos preparados para liderar. Fomos preparados para simplesmente absorver respostas recebidas e não buscá-las. Nos falta desde os primeiros anos de formação o estímulo a esta ‘agressividade’ de sobrevivência (leia-se agressividade como inquietação, energia, curiosidade constante, busca incessante por respostas). Quero dizer, com isso, que fomos preparados para sermos liderados e qualquer ponto fora da curva depende tão somente de alguns talentos que surgem aleatoriamente, os chamados ‘gênios’. Ocorre que o mercado não pode depender do acaso.

Pode parecer sem lógica, mas trata-se uma afirmação 100% verdadeira. Enquanto em outros países os alunos e profissionais são preparados para serem os primeiros – e, para isso, uma dose bastante recheada de liderança se faz necessária -, aqui no Brasil nós somos, no máximo, preparados para trabalhar em equipe – pois o time é mais importante do que o indivíduo.

O grupo é considerado mais importante do que o indivíduo e não há problema nisso. No entanto… o quanto este pensamento único, ao longo do tempo e dos anos, não inibe nossa capacidade de liderar? O quanto deste pensamento não boicota nossa capacidade de atuar como líderes, colocando-nos na operação e, desta forma, assumimos o papel de executores e não de responsáveis pelo direcionamento de nossas equipes?

E o que fazer quando esses estudantes tornam-se profissionais? Quero dizer, como a organização pode potencializar o líder que há dentro de cada um? Percebo que esta é uma problemática que, para ser solucionada, precisa ter o envolvimento de duas esferas: escolas e empresas. As escolas, como responsáveis pela gestão de um ambiente acadêmico de desenvolvimento, precisam estruturar sua formação com base em cenários cada vez mais próximos a realidade do mundo corporativo. Confesso que ainda percebo, inclusive em cursos de especialização/pós-graduação, uma formação baseada em discussões extremamente teóricas. As empresas, por sua vez, precisam trazer mais teoria para seu ambiente prático. A gestão de mudanças ainda é um paradigma difícil de ser implementado. Diante deste cenário os procedimentos e processos, formas de execução e até as decisões ainda acontecem com base em moldes antigos, pois foram moldes de sucesso no passado.

 

Sucesso passado não é garantia de sucesso futuro

Outra ação importante para solucionar a questão é a implantação de um modelo de gestão de pessoas como base em dois princípios essenciais: competências e desempenho. Trata-se da conhecida Gestão do Desempenho com foco em Competências. Quando devidamente estruturado, esse modelo oferece entre suas soluções um ganho de grande valor aos gestores, conhecido como descritivo de função. Neste documento, os líderes têm de maneira formal as expectativas sobre seu trabalho e o utilizarão como um direcionador e até mesmo um lembrete para suas ações. Cabe ressaltar que este documento não servirá apenas para gestores, mas para os liderados também.

É importante nessa construção que se defina qual a essência do modelo de gestão desejado para cada instituição. Falo sobre a definição de um DNA de Gestão. Obviamente, há muitos aspectos comuns a serem tratados na liderança, como por exemplo a tomada de decisões, a delegação e o acompanhamento das tarefas, a descentralização de rotinas e a aplicação da cultura de feedback, entre outros. Todavia, há questões que são particulares a cada realidade institucional, ou seja, o “jeitão de ser” de cada instituição determinará qual a essência de atuação do líder.

Desta forma, as lideranças incorporarão o norte que lhes foi atribuído. Sabemos que se trata de uma mudança de cultura, pois como seres humanos que somos e detentores de mecanismos de defesa poderosíssimos, nossa tendência natural é retornar à operação na primeira dificuldade, pois lá nos sentimos mais confortáveis.

Em paralelo à Gestão por Competências e seus respectivos direcionamentos, a formação de líderes – principalmente em ambiente de educação continuada – traz à tona os requisitos a serem explorados e aflorados em nossos gestores. Ações como coaching e assessment dão ainda mais solidez a este desenvolvimento, se bem aplicadas dentro de um conjunto de ações e metodologias coesas de gestão de competências e educação corporativa.
Se os líderes de sua empresa e suas respectivas equipes estão atuando apenas como “tarefeiros” ou até mesmo como bombeiros apagadores de incêndios… é hora de rever a estratégia. ■


Licença Creative CommonsEste artigo está licenciado pela Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Permitida a reprodução do artigo desde que citada a fonte e/ou link. Contate-nos para autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em https://www.lemeconsultoria.com.br/faleconosco/.

 





Liderança é um assunto extenso e necessário de ser abordado nos dias de hoje. No mercado existem muitos cursos de aperfeiçoamento que focam as competências da liderança e todas as organizações têm procurado com maior frequência. Embora, na maioria das vezes, os cursos têm orientado o que o líder deve fazer e se esquecem da pessoa enquanto líder, como ela é e deveria ser.

Essa constante procura e aperfeiçoamento não é para menos, pois são os líderes que desenvolvem os colaboradores, reconhecem e retém os talentos, trazendo o tão desejado resultado para organização e para o pessoal. Afinal, todos estão “remando no barco empresa”.

Fico pensando nesse assunto e sempre acabo definindo liderança como RESPEITO. Respeito é uma palavra tão simples, mas de significado grandioso. No dicionário traz definições interessantes e de ampla reflexão:
– Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém.
– Dar provas de respeito = honrar, venerar.
– Observar, cumprir, tolerar.

Pense bem, o que você faz com o seu colaborador, é o que você gostaria que fizessem com você? Independente da posição hierárquica em que você está. Sinto um pesar muito grande, quando vejo na clínica, pacientes que chegam desmotivados, amedrontados e que estão sendo assediados moralmente, demonstrando a falta de preparo que alguns líderes ainda têm com seus colaboradores. O que mais eles dizem: “eu não quero mais ir lá!”.

Em plena época de competitividade acirrada e de gestão de talentos, que tanto se fala das pessoas e seu grandioso poder de conhecimento, ainda temos nas organizações líderes muitas vezes egocêntricos, que dão sempre a última palavra para tudo e tudo tem que ser exatamente da forma como determinam; assumindo uma postura individualista e bem improdutiva.

Se liderança é a aptidão de levar alguém a cooperar espontaneamente, de liberar a capacidade de criação das pessoas e despertar a vontade de ser seguido pelo exemplo, a falta dela dá ao colaborador a estratégia de fingir que faz e que obedece ou ainda que faça o mínimo para se manter na organização e sobreviver. As organizações, no entanto, perdem excelentes profissionais e consequentemente a competitividade no mercado.

Compreenda que os resultados virão com as pessoas e não através delas. Orientando-se para que a liderança seja natural situando o colaborador, a pessoa em evidência, com RESPEITO.

Liderar pessoas realmente não é uma tarefa simples, mas requer muita dedicação ao que se faz. Reforço ainda que para se dedicar a algo é preciso gostar do que faz e quando se espera um retorno satisfatório de desempenho das pessoas é preciso respeitá-las antes de tudo!

Primeiro goste de você, se aceite e reconheça seus limites, medos e talentos, esse já é grande diferencial na arte de liderar. Quando você se aceita você consegue aceitar o outro, como ele é.

Recordo de um texto escrito por Drauzio Varela muito interessante, “Se não quiser adoecer”, que explica que pessoas que não se aceitam são invejosas, ciumentas, imitadores, competitivos e destruidores.

Desenvolva sua competência emocional. Não dispute com seu colaborador, o sucesso dele é certamente o seu! Valorize o trabalho e a iniciativa que ele tem. Você está lapidando um talento. Colabore fortalecendo o espírito de equipe. Saiba ouvir. Busque as soluções e não os problemas. Acho muito bonita a metáfora: acenda uma luz na escuridão.

Dê oportunidades e espaço para que ele faça o trabalho dele. Você verá que ele tem capacidades que você desconhecia. E muitas vezes, conduz as coisas melhor que você. Não se apodere das ideias dele como se elas fossem suas, saiba dar o devido crédito.

Cada um tem sua personalidade, suas habilidades e seu desempenho. Lembre-se de que: cada um tem seu tempo e quando bem apoiado e orientado desenvolverá trabalhos surpreendentes.

A liderança é um trabalho de mão dupla, é imensamente satisfatório ver a evolução dos colaboradores, os resultados obtidos. É gratificante saber que à medida que ele se transforma, você também e cresce muito como profissional e como ser humano. Aprende muito dessa arte de liderar.

Fonte: RH.com.br

plugins premium WordPress