A Gestão de Pessoas cresce alinhada com as demandas do mercado e, nesta entrevista, Rogerio Leme e outros especialistas falam sobre o futuro da área e dão dicas para navegar por esse novo modelo.
por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 7/4/2020
▶ A Revista EBS é uma publicação do Grupo EventoFácil, destinada tanto aos especialistas de RH e T&D quanto aos do segmento MICE, de todo o Brasil. Por meio desta publicação e dos eventos organizados, este grupo reúne fornecedores e compradores dos segmentos atendidos, visando gerar aproximação e bons negócios.
Para a produção de um dos recentes artigos publicados no site, a Revista EBS entrevistou Rogerio Leme, Diretor da Leme Consultoria, para falar sobre a evolução dos modelos de gestão de pessoas. Rogerio é especialista em soluções estratégica para o RH, com mais de 10 livros publicados, centenas de palestras e clientes atendidos por meio de consultoria e mentoria, além de ser professor da FGV, da Sustentare Escola de Negócios e da UNIFOR.
O artigo completo pode ser lido neste link e, abaixo, apresentamos os principais insights extraídos deste conteúdo:
Fato! Empresas de todos os portes já têm deixado de contratar profissionais apenas pelas suas competências técnicas. Muitas já abriram mão de analisar o currículo ou avaliar o desempenho nas competências técnicas, elevando a um novo patamar a importância estratégica das competências comportamentais e os aspectos emocionais para a entrega de resultados individuais ou coletivos.
O modelo de Gestão do Desempenho por Competências da Leme Consultoria, por exemplo, pode trabalhar com até 4 perspectivas de avaliação, visando competências técnicas e comportamentais – ou apenas o viés comportamental -, resultados e responsabilidades. É a visão sistêmica da entrega do profissional para a organização.
Nenhum empresa atinge suas metas se não for por meio de suas pessoas. Pode parecer óbvio, mas muitos gestores ainda não têm clareza quanto a isso. Nesta matéria, Rogerio destaca que “canalizar esforços, desenvolver competências, mensurar a performance e identificar os pontos de melhoria são ações fundamentais para que a organização tenha êxito”.
Para promover alguma dessas ações, a implantação de um modelo de Gestão do Desempenho é fundamental, incluindo as Trilhas de Aprendizagem e a própria avaliação de desempenho.
O que são as Trilhas de Aprendizagem: as Trilhas de Aprendizagem pressupõem liberdade para o colaborador, que é usuário da trilha, consumir conteúdos, percorrer caminhos de acordo com a sua necessidade emergencial (urgente) ou emergente (futuro próximo). A certificação ou avaliação de aprendizagem são opcionais, pois o que interessa é a aplicação prática em curto prazo. Portanto, por meio de conteúdos cuidadosamente selecionados (curadoria de conteúdo), as Trilhas de Aprendizagem oferecem caminhos de desenvolvimento aos colaboradores. E os meios para aquisição de conhecimento são ilimitados, desde a leitura de um livro ou a participação em lives até cursos mais aprofundados, com mais horas de duração. Inclusive, o modelo das Trilhas de Aprendizagem se adéqua a outro tema muito popular atualmente, o lifelong learning, que coloca o colaborador como protagonista do seu próprio desenvolvimento.
Assim, o colaborador desenvolve suas competências comportamentais e técnicas, se este for o caso, e tem autonomia para resolver questões inerentes à sua função, colocando em prática rapidamente o conteúdo absorvido. No próximo ciclo de avaliação, o profissional será mais bem avaliado na competência que desenvolveu ou aperfeiçoou a partir de conteúdo das Trilhas de Aprendizagem.
Ler esse insight fora do contexto pode assustar o profissional de RH ou de Gestão de Pessoas, que pode se sentir preterido com essa declaração. Mas, de fato, a responsabilidade do RH é sistematizar todo o processo, assegurando a integração com os objetivos estratégicos organizacionais e dando apoio às lideranças. Como o próprio Prof. Rogerio fala, “o RH deve ser o facilitador dos processos e guardião das metodologias”, afinal, são muitas ações e muitas pessoas para serem orientadas quanto às melhores práticas. A parceria entre RH e liderança, de todos os níveis hierárquicos, é fundamental para qualquer projeto que seja implantado na organização.
Essa afirmação não tem como estar mais exata para o momento que o mundo está vivendo. Do dia para a noite, milhares de pessoas tiveram de aprender a trabalhar no formato remoto, o famoso home office, com crianças em casa, pais, maridos ou esposas, tudo junto e misturado! Gestores tiveram de entender que gerir colaboradores é muito mais do que saber o que eles estão fazendo minuto a minuto, mas empoderar por meio da descentralização e da delegação. Rogerio falou sobre isso no artigo publicado no Linkedin e disponível aqui.
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A tecnologia é a grande aliada das empresas em processos de evolução, pois, ela agrega inovação e velocidade, mas, mais do que isso, possibilita às pessoas se manterem como um time, trabalhando em prol dos mesmos objetivos, mesmo que de locais físicos diferentes. Conte com a tecnologia, mas nunca deixe de investir nas pessoas.
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