Empresa flexível? Saiba o que fazer para que os profissionais não abusem

11 de janeiro de 2012 • 10h59 Por: Karla Santana Mamona

SÃO PAULO – Foi-se o tempo em que as empresas eram rígidas ao extremo e exigiam que os profissionais entrassem e saíssem no horário previsto, que fizessem apenas uma hora de almoço, que entregassem atestado de saúde sempre que fossem ao médico, entre outros. 
Atualmente, as empresas estão mais flexíveis e permitem que a pessoa trabalhe em casa, cumpra o horário que acredita que seja o melhor para aumentar a sua produtividade. Já outras vão além e disponibilizam em suas dependência aparelhos de ginástica, video-games e até mesmo redes para descanso.

“Estes novos conceitos surgiram com as empresas de internet, como Google”, explica o consultor da Leme Consultoria, Euclides Junior.
Mas, para ter esta flexibilidade, é necessário ter cuidado, já que muitos profissionais acabam extrapolando os limites e abusando das normas, comprometendo, assim, o desenvolvimento das atividades.
“Os latinos, em geral, incluíndo os brasileiros, têm dificuldades em cumprir normas e regras. Estas empresas são flexíveis, mas é preciso ter cuidado, para que as pessoas não achem que a empresa é filantrópica”, explica o consultor.

Cobrança

Se a empresa facilita por um lado, ela cobra muito mais pelo outro. Ou seja, estas empresas cobram prazos e principalmente resultados dos profissionais. Segundo Junior, nestas organizações, o gestor quer que sua equipe alcance a meta estabelecida. “A empresa está preocupada com resultado, se o profissional não alcança o resultado, ele está fora".
O consultor acrescenta que quem acredita que a vaga ocupada por ele anteriormente demore muito para ser preenchida está enganado. "Estas empresas, quando abrem processo seletivo, recebem milhares de currículos. Quem está fora quer entrar e quem está dentro não quer sair”.

Conversa direta

Para que o gestor não tenha problemas relacionados à flexibilidade prevista pela empresa, a gerente de Recursos Humanos da Personal Service, Michele Pinho, acredita que o caminho é por meio da conversa. “É tudo uma questão de combinar as regras do jogo”.
Mas para isso é necessário que o líder confie em seu colaborador e que o profissional mostre maturidade para lidar com isso. Michele afirma que muitas empresas deixam o funcionário trabalhar em casa quando estão em um processo de criação. Entretanto, a pessoa ao retornar ao trabalho deve apresentar a atividade que ela desenvolveu. “Isso quando funciona é muito saudável, todos saem ganhando. Mas se não tem maturidade, vale à pena segurar e não implantar um modelo flexível”.
Por fim, ela explica que algumas pessoas preferem seguir regras mais rígidas. Nesta caso, novamente a dica é conversar com o colaborador e entender qual é a melhor maneira de realizar o trabalho.

Fonte: Portal Info Money, publicado em 11/01/2012.

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